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O candidato do partido governista Frente de Libertação (Frelimo) é apontado como o vencedor nas eleições que ocorreram na quarta-feira em Moçambique, segundo as projeções iniciais do Centro de Integridade Pública. Os primeiros resultados dão vantagem ao partido hoje no poder, que teria conseguido maioria absoluta no Parlamento, e ao seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, que não precisará ir ao segundo turno. A situação está mais calma em Moçambique nesta quinta-feira, depois de incidentes e denúncias de fraude.

Nyusi, um ex-ministro da Defesa, teria recebido 60% dos votos, enquanto o segundo lugar teria sido o candidato do partido de oposição Renamo, Afonso Dhlakama, com 32% dos votos. Os resultados apontam também que o Frelimo conquistou 57% dos votos do Parlamento, obtendo 142 cadeiras de um total de 250. Na comparação com as eleições passadas, o partido perdeu 49 assentos.

A Renamo passou de 51 cadeiras para 75, e o MDM dos atuais 8 a 30, indo em votos de 4% para 12%, ainda menor que o esperado, talvez por causa das eleições municipais de novembro colheu 38% dos votos, mas, em seguida, a Renamo boicotou e não participou.

A taxa de participação dos eleitores moçambicanos foi de 50%, cinco pontos a mais do que há cinco anos. A comissão eleitoral nacional deve começar a anunciar os resultados preliminares a partir desta quinta-feira, enquanto na sexta-feira saem os definitivos. Até agora, os partidos não se manifestaram sobre as projeções.

Na quarta-feira, membros da oposição acusaram o partido governista de intimidação e fraude. A Frelimo classificou as acusações como "má-fé". Mas as alegadas irregularidades, as quais não puderam ser independentemente confirmadas, aumentam os temores de uma possível contestação de resultados na nação do sul da África.

A votação na quarta-feira transcorreu pacificamente, de acordo com observadores internacionais. No entanto, a polícia entrou em confronto com partidários da Renamo em duas cidades, em Beira, no Centro, e em Nampula, no Norte. Pelo menos uma pessoa foi ferida a tiros e três foram presas. A capital, Maputo, permaneceu calma.

Nyusi, um ex-ministro da Defesa, está enfrentando um desafio determinado do adversário veterano da Renamo, o ex-chefe rebelde Afonso Dhlakama, que lutou contra a Frelimo na guerra civil de 1975 a 1992, que se seguiu após a independência de Portugal. Daviz Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, de oposição, também concorre à Presidência.

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