Os trabalhos para retirar a água radioativa da usina nuclear japonesa Fukushima Daiichi, pertencente à Tokyo Electric Power Co., sofreu atrasos durante o final de semana já que a empresa está focada em limitar os efeitos do vazamento tóxico no meio ambiente.
A crise gerada pelo terremoto e tsunami de 11 de março está entrando em seu segundo mês. A empresa, conhecida como Tepco, havia planejado finalizar no sábado (9) o descarregamento no oceano Pacífico da água com baixo nível de radioatividade que inundou a área de processamento de lixo da usina.
Mas no domingo à noite a operação ainda não havia sido finalizada. O término desse trabalho deverá permitir que os trabalhadores utilizem o espaço para armazenar água altamente radioativa que está se acumulando no porão do prédio do reator número 2. Esse é um importante obstáculo para restaurar os sistemas de refrigeração.
Em mais um sinal de danos ao meio ambiente provocado pela liberação anterior de material contaminado, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar disse no sábado que o peixe pescado na costa de Fukushima continha níveis acima do permitido de material radioativo.
Essa é mais uma preocupação em relação ao impacto sobre a vida marinha, a segurança dos alimentos e a viabilidade da indústria japonesa de alimentos provenientes do mar, que já enfrenta problemas depois de o tsunami ter afetado muitas comunidades pesqueiras ao longo da costa norte.
A Tepco também informou no domingo que um trabalhador terceirizado envolvido no trabalho na usina foi levado ao hospital por sentir-se mal. O homem instalava uma mangueira no reator número 2. As informações são da Dow Jones.