O embaixador brasileiro em Caracas, Rui Pereira, foi informado neste sábado (14), pelo governo da Venezuela, que o retorno do embaixador do país vizinho, Alberto Efráin Castellar Padilla, ao país já estava agendada e, portanto, nada tem a ver com o comunicado divulgado na sexta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores. A nota era de repúdio a interpretações das chamadas nações bolivarianas (Venezuela, Equador, Bolívia, Cuba e Nicarágua) em torno do afastamento de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República.
Na nota, o Itamaraty, que agora está sob o comando do senador tucano José Serra, chamou de falsas as afirmações de que teria havido golpe e de que a democracia no Brasil estava comprometida com assunção do vice-presidente Michel Temer.
Garantiu, ainda, que o processo de impeachment de Dilma, aprovado pelo Congresso, foi conduzido de acordo com a Constituição.
Segundo fontes da área diplomática, ao contrário de notícias veiculadas na noite de sexta-feira (13) dizendo que o presidente venezuelano convocou para consultas seu embaixador – o que seria o primeiro passo para atitudes até mais radicais, como a ruptura de relações, a viagem de Padilla estava previamente marcada, para que ele participasse de uma reunião. As autoridades daquele país, de acordo com essas fontes, procuraram o Itamaraty voluntariamente.
“Não foi uma forma de protesto”, disse um diplomata brasileiro.
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