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Grupos de oposição egípcios disseram neste domingo (6) que sua reunião com o vice-presidente Omar Suleiman foi positiva, mas que ele não ofereceu nenhuma contribuição específica para satisfazer as demandas por uma mudança política no Egito.

O governo disse que as partes tinham concordado em redigir um plano para conduzir as negociações.

Um comunicado posterior à reunião indicou que o presidente Hosni Mubarak permaneceria no poder para supervisionar as mudanças, o que provavelmente vai enfurecer os manifestantes na praça Tahrir no Cairo, que exigem sua demissão imediata.

"Representantes de todos os partidos políticos, organizações civis e o conselho de líderes locais se reuniu com o vice-presidente Omar Suleiman hoje", disse um porta-voz do gabinete.

Ele acrescentou que a reunião não incluía o ponto de vista dos jovens ativistas, que têm sido o motor dos protestos contra os 30 anos em que Mubarak está no poder.

Abdel Monem Abul Fotuh, membro de destaque da opositora Irmandade Muçulmana, que entrou nas negociações apesar de ser um partido proscrito, disse em comunicado que o governo apresentou "boas intenções mas não incluiu nenhuma mudança sólida".

"Precisamos que o presidnete Mubarak emita decretos presidenciais que mudem os artigos 76 e 77, que dissolva o Parlamento, libere os presos políticos que o governo conhece muito bem, e ponha fim ao estado de emergência", afirmou.

Abul Foth referia-se a um artigo da Constituição que afeta as eleições presidenciais, o qual indica que o partido governante de Mubarak está na posição para eleger o próximo dirigente, e outro permite ao presidente participar de eleições de forma ilimitada.

De acordo com um comunicado do governo, as partes concordaram em formar uma comissão que estude as reformas constitucionais e outras e que proponha mudanças na primeira semana de março.

O comunicado sinalizou também que as partes concordaram em levantar o estado de emergência em função da "situação de segurança". Críticos dizem que a lei de emergência, que leva décadas em vigor, foi utilizada para silenciar a dissidência.

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