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A primeira reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o conflito entre Israel e Hamas realizada neste domingo (8) terminou sem uma declaração conjunta dos países. O encontro foi convocado e presidido pelo Brasil, representado pelo embaixador brasileiro na ONU, Sérgio Danese.
“Pela prática do Conselho essas consultas são fechadas e, portanto, nós temos o compromisso de fazê-las, mas não comentá-las depois”, disse o danese em entrevista à GloboNews. Segundo o presidente do Conselho de segurança, é possível que outras reuniões sejam feitas para debater o tema. Durante a reunião, o norueguês Tor Wennesland, coordenador da ONU para o processo de Paz no Oriente Médio, apresentou aos representantes dos governos um levantamento de como estava a situação em Israel e em Gaza.
“A reunião dá aos países uma visão mais clara, mais ampla da situação local, porque a autoridade que fez o briefing para nós está no terreno, é o coordenador especial das Nações Unidas, é um norueguês”, disse. Danese afirmou que o interesse do encontro é ouvir a posição dos países membros para “formar um quadro mais completo de como, inclusive, o Conselho poderá eventualmente atuar em outras ocasiões que ele se reúna para tratar do assunto”.
Entre as preocupações externadas pelos participantes na reunião, está a possibilidade de que o conflito se espalhe pela região no Oriente Médio, informou o colunista Jamil Chade, no portal UOL. Os governos da França e dos Emirados Árabes chegaram a propor que uma declaração conjunta fosse lida e aprovada pelos 15 membros. No entanto, o governo americano apontou que tinha resistências em determinados pontos da declaração. Os Emirados Árabes Unidos apoiaram a posição dos Estados Unidos.
“A tônica das intervenções foi no sentido de refletir sobre a necessidade de se voltar a um processo negociador o mais rapidamente possível”, ressaltou Danese. O embaixador dos EUA, Robert Wood, afirmou a jornalistas que muitos membros condenaram os ataques do Hamas e a invasão do território israelense, mas que “obviamente, não todos”. Ele ressaltou que existe a preocupação de que o conflito se espalhe.
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