Curitiba - Representantes dos governos da Bolívia e do Brasil vão se encontrar nos próximos dias 6 e 7 para discutir a situação dos brasileiros que vivem na zona de fronteira do país vizinho. A Constituição boliviana não permite a residência de estrangeiros numa faixa de 50km das fronteiras. Na última quarta-feira, venceu o prazo para que cerca de 200 famílias de brasileiros deixassem suas propriedades na região do Pando, próximo ao Acre, após terem sido notificadas pelo Exército boliviano de estarem em situação irregular. O governo brasileiro conseguiu que o prazo fosse estendido até depois da reunião, em busca de uma resolução pacífica e de comum acordo entre os países.

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Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, representantes do Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Justiça, Polícia Federal e Ministério do Desenvolvimento Agrário farão parte da equipe que vai tentar negociar a regularização dos brasileiros na região de fronteira.

"Esses brasileiros são muito humildes, trabalham em pequenos seringais ou na coleta de castanha, vivem do extrativismo. O Brasil deve pedir para que essas pessoas sejam transferidas para outras áreas da Bolívia, mas que não sejam expulsas. Nós temos legalizados os bolivianos de São Paulo, como previa um acordo firmado entre os dois países. Eles também têm de fazer a parte deles", diz a deputada federal Perpétua de Almeida (PC do B-AC). Em caso de expulsão dos brasileiros na Bolívia, a deputada promete iniciar uma campanha para a retirada dos bolivianos de São Paulo.

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