O presidente da Argentina, Javier Milei, se reuniu nesta terça-feira (19), à margem da cúpula do G20, com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, que destacou o “progresso impressionante” de seu governo em “estabilizar a economia e torná-la mais baseada no mercado”.
Em um comentário na rede social X, que ela postou com uma foto com o presidente argentino, Georgieva disse que estão “prontos para apoiar a Argentina e seu povo na construção dessas conquistas”.
Durante a última reunião formal com o país sul-americano, o fundo havia declarado, no final de outubro, que as autoridades argentinas estavam estudando um novo programa de refinanciamento da dívida para substituir o atual, que deve expirar em 2025.
No entanto, as autoridades argentinas ainda não forneceram detalhes oficiais sobre a possibilidade de negociar um novo acordo de assistência financeira após a conclusão das revisões pendentes (nona e décima) do programa atual.
Em junho, o FMI aprovou a oitava revisão de seu acordo com a Argentina e destacou em seu relatório a “implementação decisiva do plano de estabilização”, mas considerou um “processo de ajuste longo e difícil” diante dos desequilíbrios macroeconômicos e dos obstáculos ao crescimento financeiro.
O pacto de verificações trimestrais estabelece metas exigentes em termos de disciplina fiscal, acúmulo de reservas monetárias e limites à emissão monetária, sendo que a aprovação de cada revisão depende da aprovação de novos resgates que são utilizados para cancelar sua dívida com a entidade.
A agência é o principal credor da Argentina, depois que, em 2022, o governo de Alberto Fernández (2019-2023) assinou um acordo para refinanciar empréstimos de cerca de US$ 45 bilhões que o fundo havia concedido ao país em 2018, durante a presidência de Mauricio Macri (2015-2019).
A reunião, que o diretor administrativo descreveu como “produtiva”, ocorreu às margens do segundo dia da cúpula dos líderes do G20 no Rio de Janeiro, na qual Milei atuou como uma voz discordante ao se dissociar de alguns dos pontos aprovados na declaração final.
No primeiro dia da cúpula, a Argentina se juntou à Aliança Global contra a Pobreza e a Fome, promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com outros 81 países, embora sua inclusão tenha exigido negociações de última hora, disseram autoridades brasileiras à Agência EFE.
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