O encontro entre autoridades russas e ucranianas iniciado nesta segunda-feira (28), em Belarus, foi encerrado sem acordo para o fim dos ataques russos contra a Ucrânia. Após quase seis horas de diálogo, os integrantes da mesa de negociações concordaram em retornar a seus países para consultas e fazer uma nova rodada de conversa nos próximos dias.
Pelo Twitter, jornalistas correspondentes na Ucrânia relataram um acirramento nos bombardeios nas imediações de Kiev como um possível efeito da ausência de acordo. “Três explosões muito fortes ouvidas aqui no centro de Kiev. Com o fim da reunião sem acordo entre Rússia e Ucrânia expectativa é de que essa seja a noite mais violenta dessa guerra”, publicou Yan Boechat, pouco antes das 14 horas, horário de Brasília.
Minutos antes, Sérgio Utsch descreveu explosões "mais fortes e as mais próximas do centro" da capital ucraniana, desde o início da invasão russa. "Vi dois clarões vermelhos no céu, muito mais perto do que nas outras vezes. Não houve sirenes antes”, contou.
De acordo com a agência de notícias russa RIA, o conselheiro presidencial Vladimir Medinsky, que participou da reunião, disse que foram encontrados “pontos pelos quais é possível prever posições comuns”. Ele acrescentou que a nova reunião acontecerá nos próximos dias também na fronteira entre a Ucrânia e a Belarus.
A Ucrânia também afirmou que houve "alguns avanços" no encontro desta segunda. “As partes delinearam alguns temas prioritários sobre os quais se vislumbraram alguns avanços", disse o assessor do gabinete presidencial ucraniano, Mikhail Podolyak, em um vídeo divulgado no aplicativo de mensagens Telegram.
No encontro desta segunda-feira, a Rússia foi representada por, além de Medinsky, o vice-ministro das Relações Exteriores, Andrei Rudenko, o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin, e o embaixador russo em Belarus, Boris Gryzlov. Do lado ucraniano, estiveram presentes o assessor do chefe de gabinete do Presidente da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, o vice-chanceler, Mykola Tochitsky, o deputado David Arakhamia e Andriy Kostin, vice-chefe da delegação ucraniana ao Grupo de Contato Trilateral.
Ainda nesta segunda, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou uma solicitação oficial de entrada na União Europeia (UE) – bloco econômico e político que tem entre seus propósitos ajudar os países-membros em seu desenvolvimento econômico e na manutenção da paz no continente europeu. "É um momento histórico", declarou o Parlamento ucraniano, em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram.
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