Davos O Fórum Econômico Mundial encerrou ontem sua reunião anual em Davos, na Suíça, com a promessa de seus mais de 2.400 participantes de utilizar seus cargos e sua influência para converter em ações as discussões sobre assuntos tão amplos como o comércio mundial ou as mudanças climáticas.
Em vez do brilho de Hollywood, o Fórum Econômico retomou suas raízes de uma instância de debate global, com 24 líderes mundiais, mais de 800 executivos e uma dezena de ativistas e acadêmicos, reunidos para discutir uma gama de assuntos desde o impacto das mudanças climáticas na economia mundial até o conflito entre israelenses e palestinos.
"Estamos no epicentro dos compromissos mundiais. Não seria justo que os compromissos desses dias se desmanchem no ar", disse o presidente e diretor-executivo da Coca-cola, Neville Isdell, que também faz parte do comitê organizador do Fórum.
Os cinco dias de um brainstorming político e econômico tiveram menos glamour neste ano - estrelas como Brad Pitt, Angelina Jolie ou Sharon Stone não roubaram os holofotes, como nas edições passadas. Os atores políticos de maior impacto no evento vieram do Oriente Médio, a exemplo da ministra israelense Tzipi Livni, e do presidente palestino Mahmoud Abbas, que fizeram discursos em favor de um acordo de paz entre os dois povos. Após um encontro reservado, Livni disse que os dois "discutiram quaisquer meios para acelerar o processo", mas ela sugeriu que o caminho para a paz seria longo. A América Latina foi representada pelo presidentes do Brasil e do México, Luiz Inácio Lula da Silva e Felipe Calderón, que expuseram suas visões sobre a região. Enquanto Lula pediu por uma integração global latino-americana, que inclua comércio, político e infra-estrutura, Calderón disse que seu país poderia se tornar uma porta de entrada para toda a região e também para a União Européia.
Também mereceu destaque, já no final do encontro, os esforços para retomar as negociações em torno da Rodada de Doha.
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