Sun Myung Moon, fundador da Igreja da Unificação, tem milhões de seguidores no mundo todo| Foto: Lee Jae-Won/Reuters

O Reverendo Sun Myung Moon, que dizia ser um novo messias e que fez de sua Igreja da Unificação um movimento religioso conhecido mundialmente, morreu aos 92 anos ontem em um hospital de propriedade da igreja perto de sua casa, em Gapyeong, ao nordeste de Seul, na Coreia do Sul.

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O porta-voz da Igreja da Unificação, Ahn Ho-yeul, disse que Moon havia sido internado com pneumonia há duas semanas.

Nascido em 1920 onde hoje é a Coreia do Norte, Moon fundou seu movimento religioso em Seul em 1954 depois de ter sobrevivido à Guerra da Coreia.

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Ele fazia novas interpretações da Bíblia. A igreja ganhou fama e notoriedade nos anos 70 e 80 por realizar casamentos em massa de milhares de seguidores, frequentemente de diferentes países, que Moon combinava em uma tentativa de construir um mundo religioso multicultural.

A igreja foi acusada de usar táticas escusas de recrutamento e de induzir os seguidores a doar dinheiro; pais de seguidores em várias partes do mundo desconfiavam de que seus filhos passavam por um processo de lavagem cerebral ao entrar no culto.

A igreja respondeu que muitas outras novas religiões sofreram acusações semelhantes em seus estágios iniciais.

Mais recentemente, a igreja adotou um perfil mais discreto e se concentrou em negócios, construindo um império que inclui o jornal Washington Times, o hotel New Yorker em Manhattan, a Universidade Bridgeport em Connecticut, assim como hotéis e montadoras de automóveis na Coreia do Norte.

A igreja também possui um resort para práticas de esqui, um time de futebol profissional e outros negócios na Coreia do Sul, incluindo uma empresa de distribuição de frutos do mar que fornece sushis para os restaurantes japoneses nos EUA.

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