A figura do "manifestante" foi escolhida como a "personalidade do ano" pela revista americana Time, em um reconhecimento às pessoas de todo o mundo, em particular do Oriente Médio e norte da África, que saíram às ruas para lutar por seus direitos.
"Da Primavera Árabe a Atenas, do 'Ocupem Wall Street' a Moscou", afirma a revista na capa, que mostra um jovem com a metade inferior do rosto coberta por um lenço.
O editor da revista, Richard Stengel, que anunciou a escolha no programa "Today show" do canal NBC, explicou que a decisão homenageia "os homens e as mulheres de todo o mundo, em particular do Oriente Médio, que derrubaram governos e levaram um sentido de democracia e dignidade às pessoas que antes não os tinham".
"Estas são as pessoas que já estão mudando a história e que mudarão a história no futuro", completou Stengel.
"Há um contágio de protestos. Porque o Irã antecipou o que aconteceria no mundo árabe e o que aconteceu no mundo árabe influenciou o 'Ocupem Wall Street', o 'Ocupem Oakland' e os protestos na Grécia e em Madri", disse.
Entre os finalistas deste ano estavam Kate Middleton, esposa do príncipe William da Inglaterra, e o almirante William McRaven, comandante do grupo SEAL dos marines americanos que matou Osama bin Laden em uma operação no Paquistão em maio.
Também foi citado o nome de Steve Jobs, um dos fundadores da Apple e cuja morte provocou comoção em todo o mundo, mas o nome foi descartado, já que este não foi o ano em que transformou a indústria tecnológica, disse Stengel.
Em 2010, a Time selecionou como "personalidade do ano" o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que na época, com 26 anos, tornou-se o segundo mais jovem da história a receber a homenagem, atrás apenas do aviador americano Charles Lindbergh, personalidade do ano em 1927, quando tinha 25 anos.