Paris A comunidade internacional fracassou em sua responsabilidade de parar as mortes em Darfur e precisa encontrar uma forma de obrigar o Sudão a aceitar uma força internacional que controle a situação, disse ontem a secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice. Ela criticou as grandes potências por não conseguirem acabar com um conflito que já dura cinco anos. "Estamos preparados para fazer as escolhas difíceis no sistema internacional, que vão persuadir e compelir Cartum a fazer o que deve?", questionou.
Histórico
Em 12 de junho o Sudão aceitou uma força de paz mista da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Africana, com mais de 20 mil soldados e policiais, mas muitos diplomatas duvidam que Cartum mantenha sua palavra. Especialistas estimam que 200 mil pessoas tenham morrido e 2,5 milhões tenham sido expulsas de suas casas por causa do conflito de Darfur.
O problema começou em 2003, quando rebeldes não-árabes pegaram em armas, acusando o governo de negligência. Cartum mobilizou uma milícia árabe, a Janjaweed, para esmagar a revolta. A Janjaweed iniciou uma campanha de mortes, saques e estupros, e há um ano grupos rebeldes lutam entre si e atacam civis.
A França convocou uma reunião internacional sobre Darfur, que deve atrair autoridades de primeiro escalão de países como Estados Unidos, Egito e China que se opõe a sanções ao Sudão, um dos seus fornecedores de petróleo. Kouchner disse que a reunião de hoje tem três objetivos: apoiar a iniciativa ONU-União Africana, oferecer apoio político a quem tentar reunir os grupos rebeldes e oferecer apoio financeiro para a eventual força de paz.
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