A Secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, descartou na sexta-feira a idéia de manter conversas com o Irã para debelar a violência no Iraque, a não ser que Teerã aja antes no sentido de suspender seu programa nuclear.
Em seu primeiro comentário sobre o relatório do Grupo de Estudos do Iraque, Rice não se mostrou favorável à recomendação de que os EUA devam agir para engajar Irã e Síria na estabilização do Iraque, uma proposta-chave do conselho bipartidário.
Os Estados Unidos acusam o Irã e a Síria de fomentar uma raivosa insurgência cerca de quatro anos após a invasão que depôs o ditador iraquiano Saddam Hussein.
Rice defendeu o esforço do presidente George W. Bush para levar a democracia ao Oriente Médio - uma idéia claramente ignorada pelo relatório -, afirmando que isso continuaria sendo uma peça central da política externa norte-americana.
Falando em uma coletiva de imprensa ao lado do ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, Rice mostrou-se cética quanto à participação do Irã na pacificação do Iraque, sugerindo que Teerã poderia exigir algo em troca - provavelmente referindo-se ao programa nuclear do país islâmico.
Os Estados Unidos ofereceram uma ampla conversação com o Irã caso o país suspenda o enriquecimento de urânio, que pode ser usado como combustível para usinas e bombas nucleares.
``Se, de fato, eles (os iranianos) procuram alguma compensação para parar de desestabilizar o Iraque, isso é uma outra questão, porque alguém deveria perguntar: que compensação eles estão procurando?'', disse ela.
O Irã nega que seu programa nuclear seja destinado à fabricação de armas e recusa-se a suspender suas atividades de enriquecimento e reprocessamento de urânio.
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