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Negociações

Rice sinaliza flexibilidade com a Coréia do Norte

A secretária norte-americana de Estado sinalizou que haverá flexibilidade nas negociações desta semana com a Coréia do Norte, dizendo que o diálogo é parte de um processo e não pode ser julgado apenas por uma sessão.

``Será um processo, então não acho que devamos tentar julgar o primeiro passo por seus próprios méritos, e sim olhar para isso como parte de uma série de passos que vamos dar em direção à desnuclearização'', disse ela à Reuters.

Ela insistiu que as sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) a Pyongyang por causa do teste nuclear de 9 de outubro continuarão em vigor mesmo que os seis países reunidos em Pequim obtenham progressos.

Mas Rice sinalizou flexibilidade para resolver uma disputa sobre as acusações norte-americanas de que Pyongyang falsifica dólares e lava dinheiro, o que levou ao congelamento de contas coreanas no Banco Delta Ásia, de Macau. Em reação, a Coréia do Norte abandonou as negociações há um ano, para só agora retomá-las.

``Não vamos permitir que eles continuem violando as nossas leis, mas obviamente vamos olhar a totalidade de tudo isso e ver onde estamos depois das próximas duas rodadas'', disse Rice.

As negociações de Pequim incluem os EUA, a China, a Rússia, o Japão e as duas Coréias. Sua retomada estimulou especulações de que haveria algum tipo de barganha entre Washington e Pyongyang.

Mas alguns críticos temem que o presidente dos EUA, George W. Bush, ainda não esteja preparado para demonstrar a flexibilidade necessária para persuadir o país comunista a abandonar seu arsenal nuclear, enquanto defensores de uma linha-dura com o regime norte-coreano receiam que Bush, desesperado por algum êxito em sua política internacional, faça concessões demais.

Não há expectativas de que a Coréia do Norte aceite a exigência norte-americana de suspender de forma completa e irreversível seu programa de armas nucleares, segundo especialistas e autoridades dos EUA.

Mas a Coréia do Norte, que já acumulou plutônio para pelo menos dez bombas, poderia suspender suas atividades no reator de Yongbyon em troca de concessões dos EUA, como garantias de segurança ou a negociação de um tratado de paz para substituir o armistício que encerrou a Guerra da Coréia (1950-1953), disseram ex-funcionários norte-americanos à Reuters.

Rice repetiu a exigência de seu governo de que as negociações da próxima semana levem a ``passos concretos que mostrem que os norte-coreanos levam a sério a desnuclearização''.

Alguns analistas dizem que, se houver progressos em Pequim, o Conselho de Segurança da ONU perderia o ímpeto para cumprir as sanções impostas há dois meses, depois do primeiro teste norte-coreano de uma arma nuclear.

Rice insistiu que eventuais avanços ``não eliminam o fato de que a Coréia do Norte testou uma arma nuclear'', Ecoando um comentário feito na sexta-feira pelo ministro sul-coreano da Defesa, a secretária de Estado dos EUA afirmou que não há sinais de que Pyongyang realizará outro teste nuclear durante as reuniões.

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