Rio pode ter o primeiro caso confirmado no Brasil

O Rio de Janeiro pode ter confirmado nesta quinta-feira o primeiro caso de gripe suína no Brasil, segundo fontes do Ministério da Saúde. Já seria possível saber o diagnóstico de um paciente internado no Hospital Clementino Fraga Filho (HUCFF), o do Fundão, por exclusão. Ele foi submetido a um exame para detectar influenza, que tem as variações A e B. Como o teste descartou o tipo B, o paciente foi testado, com os recursos então disponíveis, para os diversos subtipos da influenza A. Todos deram negativo, menos o da gripe suína. O Ministério da Saúde não confirma o caso, mas o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, marcou uma entrevista coletiva para às 18h30m de hoje sobre o caso, quando deve fazer a confirmação (Mapa mostra a evolução da doença) .

O rapaz, de 21 anos, desembarcou no Rio no último sábado, dia 2, de um voo vindo de Cancún, com escala na Cidade do México. No domingo, ele apresentou sintomas de gripe, e, na última terça-feira, deu entrada no HUCFF. "É muito grande a possibilidade de esse paciente ter a gripe suína, já que todas as outras hipóteses foram descartadas. Ele tem os sintomas e chegou ao Rio vindo de uma área de risco", afirma o infectologista da UFRJ Edimilson Migowski.

Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde recebeu os primeiros kits para diagnóstico rápido da gripe suína . Eles serão utilizados nos pacientes com suspeita da doença - que, segundo o boletim divulgado nesta quinta-feira pelo ministério, somam 24 em todo o Brasil. Os resultados dos exames feitos com os kits - trazidos do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos - sairão em até 72 horas.

Os kits foram encaminhados à Fiocruz, no Rio, e ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que farão os testes. A diferença entre o resultado por exclusão e o do kit é que este vai direto ao ponto, permitindo um diagnóstico mais rápido e preciso.

Até hoje, a gripe influenza A H1N1 afetou 24 países, com 2.371 casos confirmados e 44 mortes, sendo 42 no México e duas nos Estados Unidos. No Brasil, além dos 24 casos suspeitos, há 20 em monitoramento.