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O Haiti enfrenta um elevado risco de sofrer abalos secundários prejudiciais por pelo menos 30 dias e provavelmente vai sentir tremores adicionais nos próximos meses e até mesmo anos, alertou o U.S. Geological Survey (USGS) - centro de pesquisa geológica dos EUA.

A capital do Haiti, Porto Príncipe, foi atingido por mais dois choques secundários nesta sexta-feira, 10 dias depois de um primeiro terremoto de 7 graus que matou pelo menos 75 mil pessoas e deixou meio milhão de desabrigados.

"A sequência de abalos secundários do terremoto de magnitude 7, que atingiu Porto Príncipe, no Haiti, no dia 12 de janeiro, continuará por meses, se não por anos", alertou o USGS em um boletim postado em seu site. "A frequência dos eventos vai diminuir com o tempo, mas tremores com potencial de provocar danos continuam uma ameaça", diz a agência.

Existe apenas uma chance 3% do Haiti ser atingido por outro terremoto de intensidade 7,0 nos próximos 30 dias; 25% de chance de pelo menos um terremoto de magnitude 6,0; e 90% de chance de pelo menos um tremor de intensidade 5,0. "Aproximadamente, são esperados de 2 a 3 abalos secundários de magnitude 5 ou maior dentro deste período", diz a nota.

Qualquer choque secundário acima de 5,0 será largamente sentido e "tem o potencial de causar danos adicionais, particularmente em estruturas vulneráveis, já danificadas", diz o USGS.

Quase 50 choques secundários sacudiram o Haiti desde o terremoto inicial, sendo o mais forte de intensidade 5,9 registrado na quarta-feira.

O tremor mais forte ocorrido nesta sexta-feira foi de magnitude 4,4, disse o USGS. A falha geológica responsável pelo terremoto de 12 de janeiro faz parte de uma zona sísmica entre as placas tectônicas da América do Norte e do Caribe.

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