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GALVESTON, Texas - O furacão Rita abateu-se neste sábado sobre o Sul dos EUA, tocando terra com chuvas torrenciais e ventos constantes máximos de pouco menos de 200 quilômetros por hora. O centro da tempestade alcançou o continente a leste de Sabine Pass, no Texas, junto à divisa com a Louisiana. Houston, Galveston e Nova Orleans, as cidades antes consideradas mais vulneráveis, foram poupadas dos piores ventos e chuvas. As cidades da divisa foram as mais atingidas, com vastos alagamentos e muitos estragos.

O diretor da Agência Federal de Manejo de Emergências (Fema), David Paulison, reconheceu neste sábado que os danos causados por Rita "não foram tão grandes como previam". Em uma coletiva para imprensa, Paulison confirmou que até o momento não há notícia de vítimas fatais.

Segundo as avaliações preliminares, a destruição, apesar de grande, não é comparável ao rastro do furacão Katrina, que devastou a costa de Louisiana, Mississippi e Alabama, no fim de agosto. Isso se dá principalmente porque a maior parte da população nas áreas de risco do Texas e da Louisiana atendeu aos apelos das autoridades e fugiu. O quadro da destruição, porém, deve ficar mais claro nas próximas horas, à medida que chegam notícias de comunidades mais isoladas.

Pelo menos um milhão de endereços ficou sem energia elétrica. Os prejuízos para as seguradoras foram estimados em US$ 2,5 bilhões a US$ 5 milhões pela consultoria AIR Worldwide. Para os mais de 3 milhões de pessoas que deixaram suas casas para fugir da tempestade, a orientação é esperar.

- Não há urgência de voltar - disse Bill White, prefeito de Houston, cidade de que 3 milhões de pessoas escaparam, num êxodo que resultou em engarrafamentos sem precedentes.

A cidade, centro da indústria petrolífera dos EUA, foi poupada dos ventos mais intensos. Não há relatos de mortes durante a passagem do furacão. Mas houve incêndios num prédio de apartamentos, e oito unidades foram atingidas.

O presidente George W. Bush, que monitora a passagem do furacão da base aérea Peterson, no Colorado, pediu paciência aos desalojados.

- É importante que escutem com atenção as autoridades locais, para saber se é seguro ou não voltar a suas casas. As autoridades locais precisam de tempo para avaliar o impacto das inundações.

Rita é o segundo furacão a sacudir a costa americana do Golfo do México em menos de um mês. O Katrina, que chegou à costa como um furacão de categoria quatro, uma acima do Rita, deixou mais de mil mortos.

Em Nova Orleans - a cidade mais castigada pelo Katrina e onde a aproximação da nova tempestade fez as águas superarem os diques do Canal Industrial em quatro pontos na sexta-feira - as barreiras estão resistindo

Houve desabamentos e incêndios em Galveston, no Texas, cidade insular de que 90% da população fugiram. Um centro comercial pegou fogo e três prédios foram atingidos. Em Port Arthur e Beaumont, no Sudeste do Texas e em Lake Charles, a 96 quilômetros a leste, muitas árvores caíram e as ruas ficaram repletas de lixo. Em Beaumont, uma casa onde sete pessoas estavam abrigadas soltou-se de suas fundações e saiu flutuando. Um cargueiro de 61 metros está à deriva em Lake Charles, e ameaçava se chocar contra uma ponte da rodovia Interestadual 10. A CNN disse que o centro cívico da cidade desmoronou.

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