Galveston (Reuters) – Enquanto os moradores do estado norte-americano do Texas congestionavam as estradas perto de Houston, cidade que agora parece deserta, a Louisiana preparava-se para sentir o impacto de um segundo grande furacão em menos de um mês. O furacão Rita segue em direção ao centro da indústria petrolífera dos Estados Unidos. O caminho seguido pelo Rita — que perdeu força e passou a ser um furacão de categoria 4, com ventos de cerca de 232 quilômetros por hora — inclinou-se um pouco mais para o norte e parecia levá-lo para um ponto localizado a leste de Galveston e Houston, disse o Centro Nacional de Furacões.

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As autoridades advertiram que a tempestade continuava imprevisível. "Não acho que ninguém da costa dos EUA banhada pelo golfo do México esteja livre do perigo", disse David Paulison, diretor da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências dos EUA (Fema). Motoristas foram obrigados a esperar durante horas para avançar em estradas congestionadas do sul do Texas, fugindo de uma das tempestades mais violentas da história do país. "Isso é um pesadelo", disse John Griffin, 37 anos, que regressou para Houston com sua mulher e as duas filhas após tentar, durante horas, afastar-se de carro da área sob ameaça.

O Rita deve continuar a perder força ao se aproximar da terra firme, mas ainda deve atingir o Texas a partir do fim da tarde, já como um furacão de categoria 3. Um alerta de furacão foi decretado em uma área que se estende da cidade Port O’Connor, no Texas, a Morgan City, na Louisiana. Com a mudança de rumo do Rita, a cidade de Corpus Christi suspendeu a ordem de retirada. Autoridades disseram, porém, que Galveston, uma cadeia de ilhas que continua sujeita a receber um impacto violento, estava 90%. A cidade foi destruída em 1900, no pior desastre natural da história dos EUA, por um furacão que matou 8 mil pessoas. Houston, por outro lado, viu suas estradas tomadas por grandes congestionamentos, brigas em postos de gasolina e muitos casos de pessoas que acabaram ficando sem combustível no meio do trânsito.

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Autoridades federais e estaduais entraram em ação para colocar em funcionamento os esforços de resgate antes que se instalassem na cidade as cenas de morte, violência e saques vistas em Nova Orleans depois da passagem do furacão Katrina, três semanas atrás. O presidente norte-americano, George W. Bush, criticado pela demora do governo federal em agir no caso do Katrina, visitará o Texas na hoje a fim de verificar como andam os preparativos de emergência antes da chegada do Rita.