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Ajuda dos EUA

Rivais de Honduras chegam a acordo para encerrar crise

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, posa com simpatizantes na embaixada brasileira em Honduras | Edgar Garrido/Reuters
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, posa com simpatizantes na embaixada brasileira em Honduras (Foto: Edgar Garrido/Reuters)

O governo de facto de Honduras aceitou um acordo que abre as portas para o retorno ao poder do presidente deposto Manuel Zelaya, quatro meses após ele ter sido expulso do país em um golpe militar.

O acordo, fechado na noite de quinta-feira (madrugada de sexta-feira em Brasília), aconteceu após reuniões das partes com autoridades norte-americanas que viajaram esta semana para Tegucigalpa com o objetivo de pressionar pelo fim da crise, que representa uma dor de cabeça para a política externa do presidente Barack Obama.

"Esse é um triunfo da democracia hondurenha", disse Zelaya após os dois lados terem chegado a um acordo que, segundo ele, o levará de volta ao poder nos próximos dias.

O Congresso ainda precisa aprovar seu retorno, mas Zelaya disse que não esperava novos problemas.

"Esse é um primeiro passo. Meu retorno é iminente, estou otimista", disse ele à Reuters.

Zelaya foi retirado do poder e mandado para o exílio no dia 28 de junho, mas conseguiu voltar escondido ao país no mês passado e desde então buscou abrigo na embaixada do Brasil.

O líder de facto Roberto Micheletti, que se mostrava irredutível sobre o retorno de Zelaya ao poder, amenizou sua posição após a mediação norte-americana.

"Tenho a satisfação de anunciar que há poucos minutos minha equipe de negociação assinou um acordo que marca o começo do fim do impasse de quatro meses", disse Micheletti, num comunicado transmitido do palácio presidencial no fim da noite de quinta-feira.

"Autorizei minha equipe de negociação a assinar um acordo que marca o começo do fim dessa situação política no país", disse Micheletti a repórteres. O acordo, segundo o presidente de facto, criaria um governo conjunto e vincularia ambos os lados ao reconhecimento das eleições presidenciais de 29 de novembro.

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