O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, chegou nesta quinta a Cabul, capital do Afeganistão, em uma visita surpresa, após uma viagem ao Iraque, onde ele participou de cerimônias para marcar o fim formal da missão de combate norte-americana em solo iraquiano. Gates deve se encontrar, entre outras autoridades, com o presidente afegão, Hamid Karzai, e com o comandante das forças internacionais no Afeganistão, general David Petraeus, de acordo com funcionários.

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O fim das operações de combate dos EUA no Iraque fez com que a atenção se voltasse para o Afeganistão, onde a morte de tropas atinge recordes e a corrupção política aumenta o desafio que há pela frente. O número de soldados norte-americanos mortos no Afeganistão atingiu seu pior nível neste ano desde o início da guerra, em 2001.

Inicialmente, o presidente dos EUA, Barack Obama, comprometeu-se a iniciar a retirada do Afeganistão em julho de 2011. Com o fortalecimento dos insurgentes, porém, ele disse esta semana que a transição dependerá das condições do momento.

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Em Cabul, Petraeus disse na terça-feira que a retirada deve ser gradual, começando em áreas menores e mais seguras. Os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão aumentando o número de soldados no Afeganistão para quase 150 mil, com um reforço de 30 mil soldados quase completo, segundo o general.

Ataque

Um funcionário afegão disse hoje que dez civis foram mortos em um ataque aéreo realizado pelas forças internacionais no norte do país, uma região relativamente segura. Duas pessoas, incluindo um candidato para as eleições parlamentares do dia 18, ficaram feridas no ataque no distrito de Rustaq, província de Takhar, disse um porta-voz do governo. Os mortos estavam fazendo campanha para o candidato parlamentar Abdul Wahed Khurasani, que sobreviveu sem ferimentos.

A Otan informou que investiga o incidente. A força internacional já foi responsável por várias mortes de civis, muitas delas durante ataques aéreos em que os alvos deveriam ser insurgentes. Um recente relatório das Nações Unidas afirmou que cerca de 20% dos mais de 1.300 civis mortos na primeira metade do ano no país foram vítimas de ações da Otan e de outras tropas favoráveis ao governo. A maioria do restante das vítimas foi morta pelos militantes.

A Otan informou ainda que dois soldados norte-americanos morreram hoje em combates no Afeganistão. Um soldado morreu no leste do país e o outro no sul, regiões onde o combate com os insurgentes do Taleban tem sido mais intenso. Não foram divulgados mais detalhes sobre as mortes, o que está de acordo com o procedimento da Otan nesses casos. Com informações da Dow Jones.

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