O Ministério das Relações Exteriores da Romênia afirmou que os planos da Hungria de construir uma cerca entre os dois países, ambos membros da União Europeia, vão contra o espírito do bloco. Segundo o governo romeno, “erguer uma cerca entre dois Estados-membros que são parceiros estratégicos não é um gesto correto”.

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Mais cedo, o governo da Hungria disse que planeja construir uma barreira na fronteira com a Romênia, a fim de interromper o fluxo de imigrantes que chegam ao país. Os húngaros já adotaram essa tática na fronteira com a Sérvia.

O ministro das Relações Exteriores da Sérvia, Ivica Dacic, disse considerar “inaceitável” que os imigrantes estejam sendo mandados pela Hungria de volta, enquanto mais e mais pessoas chegam da Macedônia e da Grécia. Falando em Praga, Dacic afirmou que “a Sérvia não é um centro coletivo”, acrescentando que o país quer ser parte da solução, não apenas sofrer os danos colaterais. “A Sérvia não pode lidar com isso sozinha”, afirmou. O país não é membro da UE, mas “está preso entre duas áreas da UE que não cooperam e que tem políticas diferentes”, segundo ele.

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O primeiro-ministro da República Checa, Bohuslav Sobotka, disse que seu governo está pronto para enviar as Forças Armadas para proteger as fronteiras, diante da crise imigratória. Falando ao Parlamento de seu país, Sobotka afirmou que essa medida será adotada se a polícia não conseguir controlar o quadro.

No domingo, o premiê checo disse que enviaria mais policiais à fronteira com a Áustria, em resposta à decisão da Alemanha de retomar controles em sua fronteira com a Áustria, com a intenção de limitar a chegada de refugiados. Sobotka também repetiu que seu governo não aceita cotas obrigatórias para cada país da UE receber refugiados.

Já a primeira-ministra da Polônia, Ewa Kopacz, afirmou que seu país receberá refugiados em busca de uma vida melhor “com o coração aberto”, mas espera que eles voltem para a casa quando melhorar a segurança em seus países. A premiê disse que a Polônia está revisando sua capacidade para receber refugiados, mas sem dar números. A UE quer que o país receba 12 mil pessoas. “Nós os abrigaremos enquanto a situação na terra deles ameaçar suas vidas e sua saúde”, disse ela. “Não podemos garantir que receberemos essas pessoas chegando à Europa para sempre.”