O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, criticou a baixa geração de empregos no governo de Barack Obama, buscando, neste domingo (9), conter o impulso a favor do presidente, depois da Convenção Nacional Democrata.
"É uma recuperação sem criação de empregos, se é que se trata de uma recuperação", disse Romney em uma entrevista à rede NBC, em alusão ao relatório divulgado na sexta-feira pelo Departamento de Trabalho, que informa a criação de apenas 96.000 empregos no último mês.
Obama, que realiza uma viagem à Flórida, disse em uma entrevista à CBS, que os norte-americanos mais ricos devem estar prontos para pagar impostos maiores, para garantir que o enorme déficit orçamentário da nação possa ser reduzido, sem cortes que prejudiquem os programas sociais.
O presidente criticou Romney por se recusar a adotar o que considerou uma "visão equilibrada" para reduzir gastos e ao invés de aumentar os impostos dos mais ricos.
"Mas devemos pedir às pessoas - como eu ou o governador Romney, cujos impostos estão abaixo do que estavam nos último 50 anos- que façam um pouquinho mais", disse Obama.
"Se voltarmos aos níveis de impostos para as pessoas que ganham mais de 250.000 dólares por ano, se voltarmos às taxas que tínhamos com Bill Clinton, podemos conter o déficit, estabilizar a economia, manter baixas as taxas das famílias de classe média, dar a certeza que penso que todos nós estamos buscando", disse.
Na entrevista à NBC, Romney reiterou que não planeja, se eleito no dia 6 de novembro, beneficiar os milionários com um imenso corte de impostos que sobrecarregue a classe média.
"Posso dizer que as pessoas no extremo mais alto, os contribuintes com as maiores receitas, vão ter menos deduções e isenções", disse.
Em seu primeiro ato público neste domingo, Obama ironizou a entrevista de Romney e outra de seu companheiro de chapa, Paul Ryan, ao dizer que eles não foram capazes de revelar como farão seus planos fiscais dar o resultado esperado.
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