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Romney e Santorum medem forças em conferência conservadora

Os pré-candidatos republicanos à presidência dos EUA, o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, e o ex-senador Rick Santorum, defenderam nesta sexta-feira (10) em Washington suas habilidades para aplicar o conservadorismo fiscal e social, com o objetivo de chegar à Casa Branca em novembro e resgatar o país do abismo.

"Derrotar Barack Obama é apenas um passo para salvar os EUA. Certamente podemos derrotá-lo, essa é a parte fácil... Se fizermos nosso trabalho, se lideramos com convicção e integridade, a história documentará a presidência de Obama como o último suspiro do grande fracasso do liberalismo", disse Romney na 39ª Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, da sigla em inglês).

O encontro anual, que desde quinta-feira até sábado (12) reunirá cerca de 10 mil pessoas, está servindo como um chamado para o renascimento do conservadorismo nos EUA e para mobilizar os militantes do partido, que veem Obama como um inimigo.

Romney, que ainda lidera as primárias com o maior número de delegados para a convenção republicana na Flórida, em agosto, disse que o país "corre perigo" e pediu o apoio dos insatisfeitos.

"Estou aqui para pedir que me apóiem para que juntos avancemos na luta pelos Estados Unidos", afirmou Romney, quem repetiu a palavra "conservador" em pelo menos uma vinte ocasiões em seu discurso de 20 minutos.

Romney prometeu que, se ganhar, revogará tudo o que foi feito durante o mandato de Obama: "que ataca nossa liberdade religiosa e ameaça vidas inocentes".

Polêmica

Romney se referia à polêmica cláusula da reforma da saúde que obriga às instituições religiosas, exceto as igrejas, a fornecer a seus empregados cobertura de anticoncepcionais.

Por causa da tempestade política levantada pelos conservadores, Obama, nesta própria sexta-feira, declarou que desistia da exigência de que universidades e hospitais afiliados a organizações religiosas fossem obrigados a fornecer métodos de controle de natalidade a suas funcionárias. Em vez disso, anunciou que as companhias de planos de saúde terão de fornecer às funcionárias de tais instituições uma cobertura gratuita para métodos contraceptivos.

Apesar sua derrota na terça-feira para Santorum no Colorado, Minnesota e Missouri, Romney mantém uma vantagem sobre o oponente e possui mais recursos, e por enquanto é visto como o favorito para se tornar o candidato republicano nas eleições presidenciais. Para ganhar a vaga, é preciso pelo menos 1.144 delegados.

Numa clara alusão ao maior poder financeiro de Romney, Santorum disse que os republicanos não ganharão a eleição por "ter mais dinheiro" mas por ter "uma visão diferente da fracassada trajetória" de Obama.

Acompanhado de sua esposa e filhos, Santorum reiterou sua promessa de cortar cinco trilhões de dólares em gastos fiscais e equilibrar o orçamento americano em cinco anos.

Também está previsto que o ex-presidente da Câmara de Representantes, Newt Gingrich, faça uma apresentação no CPAC.

O quarto candidato republicano, o legislador texano Ron Paul, foi convidado, mas segundo os organizadores, preferiu continuar realizando atos de campanha e se preparando para as primárias do Arizona e do Michigan em 28 de fevereiro.

No estado de Maine, que encerra amanhã seus caucus (assembléias populares) e conta com 24 delegados, as pesquisas apontam uma apertada disputa entre Romney e Paul.

Problemas

Durante a conferência conservadora, a comentarista política e escritora Ann Coulter disse que dos quatro candidatos republicanos em disputa, só Romney seria capaz de vencer Obama em novembro e de resolver os problemas dos EUA.

Na opinião de Coulte, Romney é o nome que poderá conquistar o maior número de eleitores independentes, ao contrário de Gingrich. Além disso, segundo a comentarista, ex-governador do Massachusetts cumprirá sua promessa de revogar a reforma de saúde de Obama.

Com sua conhecida mordacidade, Coulter também reservou alguns dardos contra os democratas, comparando-os a "um cunhado degenerado que pede dinheiro emprestado para o aluguel, gasta em crack e prostitutas, e volta a pedir dinheiro".

A ex-governadora do Alasca e ex-candidata à Vice-Presidência republicana em 2008, Sarah Palin, será a oradora encarregada de fechar a conferência conservadora neste sábado.

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