O governador da Florida, Ron DeSantis, disse em entrevista que o canal Fox News transmitirá nesta quinta-feira (23) que, ao contrário do ex-presidente Donald Trump, ele governará "sem um drama diário" se chegar à Casa Branca.
DeSantis, que aparece atrás de Trump nas pesquisas de intenção de voto antes das eleições primárias republicanas para decidir o candidato presidencial em 2024, foi questionado sobre as suas divergências com o antigo mentor.
O governante disse que teria tratado a pandemia da covid-19 de forma diferente e que teria "demitido" o epidemiologista Anthony Fauci, o que Trump não fez, e também diferiu com o ex-presidente sobre o estilo de liderança, de acordo com uma prévia da entrevista divulgada nesta quarta-feira (22).
"Penso que a forma de dirigir o governo não é o drama diário, mas sim concentrar-se no quadro geral e organizar as coisas. Penso que isso é muito importante", opinou.
Esta afirmação do governador da Flórida, onde Trump tem residência, está em consonância com outra que ele fez nesta semana sobre a possibilidade de o ex-presidente ser criminalmente processado e preso por supostos pagamentos feitos a uma atriz pornô em 2016 para impedi-la de falar sobre uma relação entre ambos.
Em tom de desdém, DeSantis disse que não podia falar de pagamentos a uma atriz pornô, querendo dizer que nunca esteve nessa situação. Também indicou que não pretendida se envolver no que chamou de "um circo forjado", nem dizer o que faria se a Flórida fosse solicitada a extraditar Trump.
O ex-presidente atacou DeSantis no mesmo dia e nesta quarta-feira, também através da sua campanha, neste caso com números de pesquisa em mãos.
"Ron DeSantis está atacando o presidente Trump porque os seus números nas pesquisas continuam caindo. Infelizmente para DeSantis, sentar-se para uma entrevista para criticar o presidente Trump com o ladrão de armas Piers Morgan não vai resolver os seus problemas com os eleitores republicanos", disse o movimento trumpista Make America Great Inc.
A MAGA INc. mostrou os resultados das últimas pesquisas, nas quais DeSantis aparece atrás de Trump, como na publicada nesta quarta-feira pela Universidade de Monmouth, que dá ao ex-presidente 41% de apoio nas primárias e 27% a DeSantis.
Ainda sem confirmar a pré-candidatura presidencial, DeSantis afirmou na entrevista à Fox News que, para as eleições de 2024, vai se concentrar no democrata Joe Biden, o atual presidente dos EUA, e não em outros políticos republicanos.
Perguntado se acredita que pode vencer Biden nas eleições, DeSantis disse que sim e destacou que precisaria ganhar o apoio não só dos republicanos, mas de um espectro político mais vasto.
"O país quer uma mudança", respondeu.
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