Contrariando o que se pensava até então, um grupo de pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Texas Sudoeste, nos Estados Unidos, acaba de demonstrar que cada parte do rosto envelhece num ritmo diferente.
A descoberta, publicada no periódico "Plastic and Reconstructive Surgery", pode apresentar novos meios de combater o envelhecimento, segundo os cirurgiões plásticos da universidade.
"Por centenas de anos, todo mundo acreditou que a gordura no rosto é uma massa confluente, que eventualmente é arrastada para baixo pela gravidade, criando pele flácida", disse, em nota, Joel Pessa, líder da pesquisa. "Em nossos estudos, no entanto, ficamos surpresos em descobrir que não é esse o caso. A face é feita de compartimentos individuais de gordura que ganham e perdem massa em épocas e ritmos diferentes conforme envelhecemos."
Segundo Pessa, o rosto parece um quebra-cabeça tridimensional, com a gordura dividida em unidades ao redor da testa, dos olhos, das bochechas e da boca. O envelhecimento facial é, pelo menos parcialmente, caracterizado por como esses compartimentos separados se modificam conforme envelhecemos.
O estudo envolveu a injeção de diferentes tipos de tinta nas cavidades faciais de 30 cadáveres. Depois de 24 horas, a tinta, em vez de ter permeado a face toda, ficou em áreas separadas -- mostrando que os compartimentos faciais individuais têm barreiras que os separam.