Giuliani se tornou famoso como prefeito de Nova York no pós-11 de Setembro e por implantar a “tolerância zero” no combate à violência urbana.| Foto: Eduardo Muñoz Alvarez/AFP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira que o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, peça-chave de sua campanha, não fará parte de seu gabinete quando assumir o poder em 20 de janeiro. Giuliani era um dos candidatos mais cotados para a função de secretário de Estado. Aos poucos, foram surgindo na imprensa notícias de que algumas relações de negócios poderiam criar um conflito de interesse.

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Giuliani era um entre tantos na lista de potenciais candidatos ao cargo máximo da diplomacia dos Estados Unidos, mas Trump disse que seu nome foi retirado há nove dias, após uma reunião entre eles. “Rudy teria sido um excelente membro de gabinete em diversas funções, mas respeito e entendo suas razões de permanecer no setor privado”, afirmou o presidente eleito em um comunicado. “Ele é e continua sendo um amigo pessoal próximo e, com certeza, vou chamá-lo para pedir conselho. Posso ver um lugar importante para ele no governo em uma data posterior”, acrescentou.

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Giuliani, um ex-procurador federal, ficou famoso como prefeito de Nova York depois dos atentados terroristas do 11 de setembro, quando ganhou o apelido de “prefeito da América”. Após a surpreendente vitória de Trump, Giuliani não escondeu seu desejo de se tornar secretário de Estado, mas, nesta sexta-feira, disse que agora espera continuar trabalhando em seu escritório de advocacia e consultoria. “Isso não é sobre mim, isso é o que é melhor para o país e para o novo governo”, disse Giuliani, no comunicado divulgado pela equipe de transição de Trump. “Do ponto de vista do setor privado, espero poder ajudar o presidente eleito da forma que ele considerar necessária e apropriada”, sustentou.

Trump elogiou Giuliani, 72 anos, por ser “um americano extraordinariamente talentoso e patriota” e disse que sempre apreciará sua dedicação durante a campanha eleitoral. O ex-prefeito permanecerá no cargo de vice-diretor da equipe de transição, comandado pelo vice-presidente eleito Mike Pence.