Agricultores argentinos fecham rodovia em Gualeguaychum, como protesto ao governo dos Kirchner| Foto: Ricardo Santellan / AFP

As quatro maiores associações ruralistas da Argentina iniciaram nesta sexta-feira (3) o quinto locaute do setor realizado neste ano contra o governo da presidente Cristina Kirchner. A paralisação, programada para durar seis dias, deve ser encerrada na próxima quarta-feira (8). Os produtores exigem que o governo aplique políticas agropecuárias que contemplem linhas de crédito especiais para o setor agrícola. Além disso, pedem que o governo libere as exportações de carne e grãos, que estão sob restrições desde o ano passado. Uma das restrições, aplicada sobre o trigo, afeta diretamente o Brasil, o maior importador desse cereal produzido na Argentina.

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Os ruralistas também exigem medidas urgentes para paliar os graves efeitos da seca que há meses assola as principais províncias agrícolas do país. Os integrantes das associações ruralistas - que manifestaram-se hoje nas principais estradas argentinas - suspenderam a comercialização de cereais, oleaginosas e gado.

Ao longo deste ano os produtores agrícolas protagonizaram a maior crise do governo Cristina. Entre março e julho, em protesto contra o "impostaço agrário" decretado pela presidente, os ruralistas realizaram quatro locautes que incluíram piquetes nas estradas. Em julho, o governo tentou emplacar o projeto de aumentos de impostos para as exportações agrícolas no Parlamento. No entanto, foi derrotado pelos ruralistas, que conseguiram o apoio dos partidos da Oposição e de vários setores das fileiras do governo.

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