Buenos Aires - Os produtores rurais argentinos iniciaram ontem novo locaute agrícola, em que não irão comercializar carne e grãos, principais fontes de divisas do país, até a próxima quarta-feira.
Apesar da promessa de que não haveria bloqueios de estradas, em Gualeguaychu, produtores interromperam o trânsito por alguns períodos, controlando a mercadoria levada por caminhões e mandando voltar os veículos que estivessem levando grãos ou carne.
De março a junho, os ruralistas realizaram um locaute como protesto ao aumento de impostos sobre as exportações de grãos.
O aumento foi derrubado no Congresso depois de o conflito ter causado uma grave crise, com bloqueios nas estradas, desabastecimento e queda na popularidade da presidente Cristina Kirchner.
Apesar de os impostos terem voltado aos valores anteriores à crise, os ruralistas reclamam que sua situação está pior do que em março, devido à queda no preço dos grãos no mercado internacional, ao aumento de custos no setor e a uma grave seca que atinge o país. Também dizem que, apesar das promessas após o fim da crise, não têm um canal de diálogo com o governo.
Em discurso ontem, a presidente argentina fez críticas aos ruralistas. "Nenhum setor pode tomar de refém o resto da sociedade, disse.
O ministro da Justiça, Aníbal Fernández, afirmou que o locaute agropecuário não é oportuno e que a política agropecuária deveria ser discutida "em outros âmbitos". "É uma medida que não beneficia ninguém."
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