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“Rússia sem Putin!”Nadezhda Tolokonnikova, da banda Pussy Riot, pouco depois de ter sido libertada graças à anistia concedida pelo presidente Vladimir Putin | Ilya Naymushin/Reuters
“Rússia sem Putin!”Nadezhda Tolokonnikova, da banda Pussy Riot, pouco depois de ter sido libertada graças à anistia concedida pelo presidente Vladimir Putin| Foto: Ilya Naymushin/Reuters

1,5 mil prisioneiros nas cadeias russas deverão se beneficiar da anistia aprovada pelo Parlamento russo e endossada pelo presidente Vladimir Putin. Um número bastante limitado segundo ativistas de direitos humanos. Há mais de 700 mil presos na Rússia.

As duas integrantes da banda Pussy Riot deixaram ontem a prisão na Rússia criticando o presidente Vladimir Putin e sugerindo boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno, daqui a dois meses, em Sochi, na costa do mar Negro, ao Sul da Rússia.

Graças a uma anistia aprovada na semana passada pelo parlamento russo, Nadezhda Tolokonnikova, de 24 anos, e Maria Alyokhina, de 25, da banda punk feminista de Moscou, que foram libertadas. A Pussy Riot tem ao todo 11 membros.

Em 2012, ambas foram condenadas a dois anos de prisão por terem gravado um vídeo em que cantam contra Putin na Catedral Ortodoxa da capital russa. A outra integrante do grupo, Yekaterina Samutsevich, de 31 anos, estava em liberdade condicional.

As jovens foram condenadas pelos crimes de vandalismo e ódio religioso. O caso delas recebeu críticas da comunidade internacional, incluindo artistas, como Madonna, e entidades de direitos humanos, contra o governo de Vladimir Putin, acusado de reprimir a liberdade de expressão na Rússia.

Maria Alyokhina afirmou, ao ser libertada, que a anistia é "um truque de relações públicas". Já Tolokonnikova gritou "Rússia sem Putin" e lembrou que foi solta a poucos meses do fim de sua pena. "O que está acontecendo hoje é uma medida cosmética", afirmou.

Ela aproveitou então para defender um boicote de outros países aos Jogos Olím­picos de inverno, a ser realizado no seu país. "Estou pedindo por um boicote, por honestidade. Peço para não cederem por causa de fornecimento de petróleo e gás da Rússia", disse.

O evento esportivo de fevereiro é um dos principais fatores ligados à decisão das autoridades locais de liberar as jovens da banda punk.

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