A Rússia abriu um processo criminal contra um homem acusado de envolvimento em uma grande operação de spam que inundou a Internet com anúncios do medicamento contra impotência Viagra, publicou um jornal russo na quarta-feira.
O jornal informou que as acusações eram inéditas na Rússia, um grande centro para o spam, que está sob pressão de seus parceiros no Ocidente para que reprima abusos na Internet.
A polícia de Moscou revistou na terça-feira a casa de Igor Gusev, acusado de operar ilegalmente uma rede de spam que ajudou a companhia da qual é sócio a faturar 120 milhões de dólares, informou o diário Kommersant, citando a investigadora Yevdokia Utenkova.
Vadim Kolosov, o advogado de Gusev, confirmou a existência do processo criminal contra seu cliente, mas disse que ele é inocente.
"Ele não tem relação com essas atividades", disse Kolosov à Reuters pelo telefone, afirmando que Gusev estava fora do país, no momento, e não poderia comentar o assunto.
O Kommersant informou que Gusev é diretor geral da Despmedia, sócia da Glavmed.com, que segundo os investigadores ganhou 120 milhões de dólares nos últimos três anos e meio com a venda de remédios via Internet.
O Kommersant informou que Gusev foi acusado de usar a Glavmed para operar um negócio sem registro.
Uma porta-voz da polícia no distrito central da capital russa confirmou a abertura de um processo contra um acusado de spam em larga escala, mas se recusou a acrescentar mais detalhes.