O Comitê de Investigação da Rússia (CIR) abriu nesta terça-feira (9) um processo criminal por financiamento do terrorismo contra os Estados Unidos e outros países ocidentais, que supostamente canalizaram dinheiro através de empresas como a ucraniana Burisma.
O CIR abriu o caso baseado no artigo 205.1 do Código Penal do país a pedido de vários deputados russos, explicou Svetlana Petrenko, porta-voz do comitê, em um comunicado no Telegram.
Funcionários de alto escalão e gerentes de empresas públicas e privadas ocidentais estariam supostamente envolvidos no financiamento de atividades terroristas e sabotagem, alega a Rússia.
Esses atos terroristas foram cometidos em território russo e em outros lugares com o objetivo de “eliminar figuras políticas e sociais proeminentes”, além de causar danos à economia nacional, sustenta a acusação.
“Foi estabelecido que os fundos foram recebidos por meio de organizações comerciais, em particular a empresa de petróleo e gás Burisma Holdings, que opera na Ucrânia”, detalhou o órgão.
O CIR, que diz ter sido auxiliado por outros serviços de inteligência, incluindo espionagem financeira, estima o dinheiro usado nessas operações em vários milhões de dólares.
Além disso, o comitê afiliado ao Kremlin está explorando as supostas ligações entre os autores dos ataques terroristas e seus organizadores e patrocinadores estrangeiros.
Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, Joe Biden, é acusado de ter sido membro do conselho de administração da Burisma entre 2014 e 2019, quando seu pai, como vice-presidente de Barack Obama, era responsável pela estratégia de Washington com Kiev.
Hunter Biden se apresentou no final de fevereiro perante um comitê da Câmara dos Representantes como parte de uma investigação de impeachment liderada pelos republicanos contra o presidente americano por tráfico de influência por supostamente interceder em nome de membros da família e associados em acordos comerciais internacionais.
A Rússia acredita que o Ocidente e a Ucrânia estão por trás do ataque terrorista que matou 144 pessoas em uma casa de shows nos arredores de Moscou em 22 de março, embora o ataque tenha sido reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).
O ditador russo, Vladimir Putin, descreveu os vazamentos ocorridos em setembro de 2022 nos gasodutos Nord Stream, que atravessam o mar Báltico, como um “ato de terrorismo internacional” e apontou os EUA como o principal suspeito do Kremlin.
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