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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou a Ucrânia neste domingo (31) de estar por trás do atentado terrorista à casa de espetáculos Crocus City Hall e de outros ataques, e exigiu a prisão e entrega do chefe do Serviço de Segurança ucraniano (SBU), Vasili Maliuk, e de outros supostos envolvidos nessas ações.
A pasta de Exteriores russa "entregou às autoridades ucranianas a exigência, no âmbito da convenção sobre os atentados terroristas com bombas e da convenção sobre o financiamento do terrorismo, da prisão e da entrega imediata de todas as pessoas envolvidas nos ataques", afirmou a diplomacia russa em um comunicado.
“Na lista de exigências está a prisão do chefe da SBU, Vasili Maliuk, que reconheceu cinicamente em 25 de março o envolvimento da Ucrânia na explosão da ponte da Crimeia em outubro de 2022 e revelou detalhes dos preparativos de outros atentados terroristas na Rússia", acrescentou a diplomacia russa.
Moscou afirmou que o grave ataque contra a casa de espetáculos em 22 de março, que deixou 144 mortos, “não é o primeiro ataque terrorista contra o país nos últimos tempos”, destacando que as investigações apontam para o envolvimento ucraniano.
"A luta contra o terrorismo internacional é da responsabilidade de todos os Estados. A Rússia exige que Kiev cesse imediatamente qualquer apoio às ações terroristas, a entrega dos culpados e repare os danos às vítimas", disse a chancelaria russa, acrescentando que “o descumprimento dos compromissos relativos às convenções antiterroristas implicará responsabilidade criminal internacional”.
Segundo os últimos dados oficiais, o ataque à casa de espetáculos Crocus City Hall, a 20 quilômetros do centro de Moscou, deixou pelo menos 144 mortos e mais de 150 hospitalizados. O Serviço Federal de Segurança russo (FSB) relatou anteriormente a prisão de 11 pessoas em conexão com o atentado. Entre os detidos estão quatro terroristas que participaram diretamente do ataque.
A Rússia admitiu que o ataque nos arredores de Moscou foi cometido terroristas do Estado Islâmico, que reivindicam o atentado, no entanto insiste em relacionar o episódio a Kiev, desde a data do ocorrido, afirmando ter provas do financiamento de terroristas pelo governo ucraniano. (Com Agência EFE)