O chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, acusou hoje a oposição da Síria e países do golfo Pérsico de bloquear a conferência convocada por Moscou e Washington para buscar uma solução para o conflito no país árabe, que dura mais de dois anos.

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A reunião foi convocada em maio por Lavrov e o secretário de Estado americano, John Kerry. No entanto, ainda não há previsão de data para começar, devido à falta de uma comissão da oposição síria e a diferenças sobre a presença de países como o Irã e a Arábia Saudita.

Para o chanceler russo, os rebeldes e países como Arábia Saudita e Qatar bloqueiam as discussões ao tentar definir condições prévias, como a saída do ditador Bashar al-Assad. Ele destacou que, quando a iniciativa foi lançada, ficou estabelecido que os participantes não colocariam condições prévias.

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"A oposição, que é apoiada pelo Ocidente, e outros países da região anunciaram que não vão para a conferência até o regime concordar em capitular".

Ele também se disse contra o envio de armas por países ocidentais e do golfo Pérsico à Síria, que considera "uma contradição ao conceito" do evento. Lavrov se encontrará com Kerry na semana que vem para definir mais detalhes da negociação.

A Rússia, que tem apoiado Assad enviando armas Damasco e protegê-lo das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, concordou com Washington em maio, para ajudar a tentar trazer os lados em conflito para uma conferência de paz.

Mas as negociações preparatórias essa semana em Genebra entre o russo, as autoridades americanas e a ONU terminou sem progressos. A Rússia, que se opõe à intervenção externa na crise, diz que não está defendendo Assad, mas diz que sua remoção do poder não pode ser uma condição para negociar.

Desde o início do conflito na Síria, nenhum dos grupos conseguiu chegar a um acordo para dar fim ao conflito, que já deixou mais de 90 mil mortos desde março de 2011, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).

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