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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante um encontro com militares realizado no Kremlin na última quinta (6).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante um encontro com militares realizado no Kremlin na última quinta (6).| Foto: EFE/EPA/ALEXANDER KAZAKOV/SPUTNIK/KREMLIN

A Rússia acusou na terça-feira (11) a Alemanha, Dinamarca e Suécia de atrasarem deliberadamente as investigações sobre a sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 e de procurarem proteger os responsáveis pelos ataques.

"A inação das autoridades europeias só pode ser explicada de uma forma: tentativas de atrasar (a investigação) para encobrir os verdadeiros autores do crime", disse o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, em debate no Conselho de Segurança.

O debate foi realizado a pedido de Moscou, que tem repetidamente levado a questão ao mais alto órgão de decisão da ONU, em meio a críticas de países do Ocidente que acusam o governo russo de tentar lançar dúvidas sobre a seriedade das investigações internas em curso.

No seu discurso, Nebenzya se referiu à investigação do jornalista americano Seymour Hersh, que há meses apontou para a suposta "responsabilidade dos serviços secretos dos EUA, com a colaboração da Noruega e de outros países ocidentais".

Entretanto, afirmou que as notícias publicadas posteriormente em jornais americanos e alemães, apontando um grupo pró-ucraniano como autor da sabotagem, foram o resultado de uma "tentativa de Washington e Berlim de oferecer uma 'versão alternativa'" a essa teoria.

"A Rússia vai continuar a defender a questão da sabotagem do Nord Stream no Conselho até que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados", insistiu o embaixador.

Em março, o Conselho de Segurança já tinha rejeitado uma proposta russa para lançar uma investigação internacional, com a grande maioria dos membros se abstendo para dar tempo às investigações nacionais de Alemanha, Dinamarca e Suécia.

Kiev, por sua vez, sempre negou qualquer responsabilidade pelos ataques aos oleodutos, que não estavam em serviço, mas provocaram vários vazamentos.

À época da sabotagem, Moscou já acusava os países "anglo-saxônicos" de estarem por trás da mesma, aludindo à oposição de longa data de Washington ao projeto - por supostamente gerar dependência europeia do gás russo -, enquanto alguns países ocidentais apontavam na direção oposta.

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