A presidência da Rússia acusou a Ucrânia de tentar atacar o Kremlin com drones na noite desta terça-feira (02), e ameaçou tomar medidas de represália.
"Nesta noite, o regime de Kiev tentou atacar com veículos aéreos não tripulados a residência do presidente da Rússia", afirmou o Kremlin em comunicado.
De acordo com a presidência russa, "dois drones se dirigiam para o Kremlin" e, "como resultado de ações oportunas realizadas pelas Forças Armadas e pelos serviços especiais utilizando sistemas de guerra radioeletrônicos, os dispositivos foram desativados".
Os drones e os seus fragmentos caíram no complexo do Kremlin, sem causar vítimas ou danos materiais, segundo a nota.
O Kremlin considera "estas ações um ataque terrorista planejado e um atentado contra a vida do presidente da Federação Russa, perpetrado na véspera do Dia da Vitória e da parada militar de 9 de maio, que deverá contar com a presença de convidados", afirmou,
O único presidente estrangeiro que confirmou presença na celebração da Praça Vermelha foi o presidente do Quirguistão, Sadyr Japarov.
O Kremlin garantiu que Putin "não ficou ferido" e que "continua trabalhando como habitualmente". No entanto, a presidência avisou que a Rússia "se reserva o direito de adotar medidas de retaliação quando e onde considerar apropriado".
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assegurou que o desfile militar na Praça Vermelha prosseguirá como planejado.
Drones proibidos
Após a suposta tentativa de ataque ucraniano ao Kremlin por dois veículos aéreos não tripulados, as autoridades de Moscou proibiram nesta quarta-feira a utilização de drones na capital.
"Tomamos a decisão de proibir a utilização de drones em Moscou a partir de hoje", declarou o prefeito da capital, Sergey Sobyanin, em seu canal Telegram.
Sergey Sobyanin acrescentou que os drones utilizados para fins estatais continuarão sendo autorizados a voar no espaço aéreo da capital.
"A decisão foi tomada para evitar o uso não autorizado de veículos aéreos não tripulados, o que dificultaria o trabalho dos serviços de segurança", explicou.
O prefeito enfatizou que o lançamento não autorizado de um drone é "crime e acarreta responsabilidades administrativas e penais".