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A Rússia elogiou nesta quarta-feira (28) a posição da maioria dos países latino-americanos em relação às políticas de Moscou, em um contexto que chamou de “campanha agressiva” do Ocidente contra o Kremlin.
“A grande maioria dos países latino-americanos segue uma política externa equilibrada no contexto de uma campanha agressiva sem precedentes lançada pelos anglo-saxões contra a Rússia”, disse o chefe do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, em entrevista ao jornal Rossiyskaya Gazeta.
Patrushev, que está em viagem por Cuba e Nicarágua, alegou que a cooperação de Moscou com os países latino-americanos tem sido historicamente multifacetada e mutuamente vantajosa.
“Juntamente com os nossos colegas, debatemos detalhadamente as questões da luta conjunta contra o terrorismo, o extremismo, o tráfico de drogas, as perspectivas de realização de uma série de projetos econômicos, bem como outras questões de interesse mútuo”, destacou.
O chefe do Conselho de Segurança russo reforçou que o desenvolvimento de laços amistosos com a América Latina e o Caribe “continua sendo uma das principais prioridades” da política externa de Moscou.
A viagem de Patrushev a Cuba e à Nicarágua ocorre após uma visita à região do ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.
Além dos laços de Moscou com as três ditaduras de esquerda da região (Cuba, Nicarágua e Venezuela), a Rússia mantém relações com a Bolívia e faz parte dos Brics, ao lado do Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva causou indignação no ano passado ao falar que tanto Ucrânia quanto Rússia são responsáveis pela guerra no primeiro país e ao dizer que Vladimir Putin, que tem contra si um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), não seria preso se vier ao Brasil este ano para a cúpula do G20. Depois, o petista desconversou sobre os dois assuntos.
Na semana passada, Lula recebeu Lavrov, que veio ao país para a reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20. (Com Agência EFE)