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Pessoas se reúnem em igreja de Moscou para funeral do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny
Pessoas se reúnem em igreja de Moscou para funeral do falecido líder da oposição russa Alexei Navalny| Foto: EFE/EPA/SERGEI ILNITSKY

O Kremlin alertou nesta sexta-feira (1º) que serão punidos todos aqueles que participarem de manifestações não autorizadas durante o funeral do líder opositor russo Alexei Navalny, que morreu na prisão há duas semanas em circunstâncias pouco claras.

“Queremos lembrar que existe uma lei que deve ser seguida: qualquer reunião não autorizada constituirá uma violação da lei”, disse o porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, na sua coletiva de imprensa diária.

O porta-voz do Kremlin respondeu assim a uma pergunta sobre a intenção dos apoiadores de Navalny de organizar eventos em sua memória em todo o país e no exterior.

Peskov também não quis avaliar a figura de Navalny como político nem enviar uma mensagem à família do opositor, algo que os jornalistas lhe perguntaram durante a coletiva de imprensa.

Simultaneamente, milhares de pessoas se reuniram em frente à igreja de Moscou onde será realizada nesta sexta-feira a cerimônia de despedida do líder opositor, cuja morte foi anunciada em 16 de fevereiro. “Navalny era a consciência da nação. E embora tenha medo, escolhi a consciência ao invés do medo e é por isso que estou aqui”, afirmou Svetlana, 65 anos, à Agência EFE.

Entre as personalidades que compareceram ao funeral e aguardam o início da cerimônia, está Yevgeny Roizman, ex-prefeito da cidade de Ecaterimburgo, nos Urais. Além disso, é esperada a chegada de Boris Nadezhdin, candidato à presidência russa recentemente vetado pela Comissão Eleitoral deste país.

A equipe do opositor informou esta manhã que familiares de Navalny foram até o necrotério mais cedo para recolher o corpo do político, mas não tiveram autorização. Mais tarde, Yarmish postou outra mensagem na qual afirmava que o carro funerário com o corpo de Navalny já se dirigia para a igreja.

Depois de ter sobrevivido a um envenenamento atribuído às autoridades russas, Navalny regressou à Rússia em 2021 após seu exílio na Alemanha e foi detido logo na chegada, para em seguida ser acusado e condenado em 2022 a nove anos de prisão por “fraude e desacato aos tribunais russos”.

No último dia 16 de fevereiro, o Serviço Penitenciário Federal da Rússia informou da sua morte em uma prisão perto do Círculo Polar Ártico. Os amigos próximos, a família e correligionários de Navalny acusam diretamente o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de ordenar o que consideram o “assassinato” do opositor.

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