O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, responsável pelo monitoramento do controle de armas alertou, em uma entrevista ao jornal russo Kommersant, que a retomada de testes nucleares no novo governo de Donald Trump pode induzir a Rússia a também utilizar esse tipo de arma em resposta a possíveis agressões dos Estados Unidos.
“Portanto, as opções para agirmos no interesse de garantir a segurança e as medidas e ações potenciais que temos para fazer isso — e enviar sinais politicamente apropriados… não descarta nada”, advertiu Ryabkov.
O supervisor do controle de armas russas também pontuou na entrevista que em seu primeiro governo Trump se recusou ratificar o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares. “A política americana em seus vários aspectos é extremamente hostil a nós hoje,” disse o vice-ministro das Relações Exteriores.
Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares
Rússia, EUA e China estão entre as nações com maior estoque de armas nucleares do mundo. Os três países realizam constantes modernizações do arsenal nuclear.
O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares foi aprovado em 1996, em Assembleia Geral da ONU, mas não vigorou, já que algumas nações signatárias não o ratificaram.
O Tratado, que indica a proibição de explosões em testes nucleares, foi assinado pelo EUA no mesmo ano que foi aprovado pela ONU, mas o país não o ratificou.
A Rússia também assinou no mesmo ano e ratificou em 2000, mas Vladimir Putin revogou a medida em 2023.