O embaixador da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vitali Churkin, afirmou ontem que o país vetará no Conselho de Segurança qualquer projeto de resolução sobre a Síria que considere "inaceitável".
"Não autorizaremos nenhum texto que consideremos errôneo e que conduziria a um agravamento do conflito. Não permitiremos sua adoção e dizemos isso claramente a nossos colegas", declarou o representante russo.
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores do país, Gennady Gatilov, disse que continuam as negociações na ONU e que não haverá voto nos próximos dias.
O chanceler da França, Alain Juppé, classificou a declaração russa de "menos negativa" que os anúncios anteriores.
"Pela primeira vez a atitude da Rússia e dos Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] é menos negativa. Desgraçadamente, até agora, a ameaça de um veto da Rússia e a hostilidade dos Brics bloqueou o Conselho de Segurança."
Juppé afirmou que os países que participam do conselho seguirão trabalhando para encontrar uma solução para resolver a questão na Síria.
O chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, pediu aos 15 países membros que apoiem o plano de paz ao conflito sírio proposto pela organização pan-árabe.