A Rússia aprovou e assinou um crédito de R$ 160 milhões que concederá a Cuba para o "desenvolvimento sustentado" de seu setor de Defesa, informou na quarta-feira (6) o vice-premiê russo, Yuri Borisov. "Todos os parâmetros, como juros, calendário de pagamentos e a moeda na qual serão feitas as devoluções, foram adotados em coordenação com Cuba", indicou.
Borisov, que dirige a comissão intergovernamental entre os dois países e visitou a ilha no ano passado, disse que ambos se beneficiarão do acordo.
O diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, Dmitri Shugaev, explicou ao jornal Kommersant que a cooperação dará a Cuba "a oportunidade de desenvolver seu complexo militar-industrial no longo prazo".
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A Rússia forneceu no passado a Cuba "uma quantidade considerável" de armas e equipamento militar e proporcionou à ilha assistência técnico-militar, segundo funcionários do Kremlin. "Há aviões, veículos blindados, sistemas de artilharia, sistemas de defesa aérea e equipamentos para o mar de nossa produção", afirmou Shugaev.
Apoio a Maduro
Na mesma entrevista, o russo reforçou o apoio do governo de Vladimir Putin à Venezuela, país com quem mantém cooperação militar desde 2005 e é o maior importador de armas russas na América Latina. "Nosso armamento tem mostrado seu valor, tanto na Venezuela quanto em países da região, como Peru e Brasil. Faremos o possível para manter a Venezuela com sua capacidade combativa", afirmou.
Shugaev comentou sobre a possibilidade de o presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, querer revisar a cooperação com a Rússia, após eventual queda do chavista Nicolás Maduro. Segundo ele, Moscou segue com atenção a crise venezuelana, que "preocupa muito" o Kremlin. No entanto, de acordo com Shugaev, Moscou não pretende encerrar sua cooperação com Caracas.
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Desde 2005, o governo russo já entregou à Venezuela helicópteros, aviões Mi-35 e Mi-17, além de Su-30MK2, armas pequenas, veículos blindados e armas de defesa aérea, como o Antey-2500, Buk-M2E e Igla Manpads. Shugaev explicou que hoje a cooperação militar se concentra em reparar e manter esse equipamento.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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