O Kremlin, sede do governo federal da Rússia, em Moscou: ex-funcionário da Embaixada americana Robert Shonov foi detido pelas forças de segurança russas na cidade de Vladivostok| Foto: EFE/EPA/YURI KOCHETKOV
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O governo da Rússia relatou nesta terça-feira (16) que está ocorrendo um aumento das atividades de espionagem por parte dos países ocidentais, após a prisão de um ex-funcionário terceirizado da Embaixada dos Estados Unidos acusado de colaborar com outro país.

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“Ficou claro que certas atividades inaceitáveis de países hostis não estão diminuindo, mas aumentando contra nós. Esse é um caso em questão”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Riabkov, de acordo com a agência de notícias TASS.

O ex-funcionário da Embaixada americana, Robert Shonov, foi detido pelas forças de segurança russas na cidade de Vladivostok, capital da região de Primorye, banhada pelo Mar do Japão.

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Após um interrogatório, as autoridades russas abriram um processo criminal por colaboração “de maneira confidencial” com um país estrangeiro ou uma organização internacional, de acordo com o artigo 275.1 do código penal.

Shonov, que foi levado para a famosa penitenciária de Lefortovo, em Moscou, pode ser condenado a oito anos de prisão.

O tribunal de Lefortovo fará uma audiência no dia 18 de maio para determinar a punição que a Justiça do país imporá ao detento.

De acordo com a imprensa local, o homem de 62 anos trabalhou no consulado dos EUA em Vladivostok, embora estivesse vinculado à embaixada.

No início deste mês, a embaixadora dos EUA na Rússia, Lynne Tracy, visitou Paul Whelan, um ex-fuzileiro naval dos EUA condenado a 16 anos de prisão por espionagem.

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Recentemente, Tracy teve negado seu pedido para visitar o jornalista do The Wall Street Journal Evan Gershkovich, que também foi preso por espionagem.

No dia 8 de dezembro, Moscou e Washington fizeram uma das trocas mais notórias dos últimos anos, envolvendo a jogadora de basquete Brittney Griner, condenada por posse de maconha, e o traficante de armas Viktor But, conhecido como “Mercador da Morte”, que cumpria pena de 25 anos em uma prisão americana.

Em nota, o Departamento de Estado americano condenou “veementemente” a prisão de Robert Shonov e disse que as alegações contra ele “são totalmente sem mérito”.

O governo dos Estados Unidos informou que Shonov é um cidadão russo que trabalhou no Consulado Geral americano em Vladivostok por mais de 25 anos e que, após a ordem do governo russo de abril de 2021 que forçou a rescisão dos contratos de trabalho de todos os funcionários locais empregados na Missão dos EUA na Rússia, ele foi contratado por uma empresa terceirizada que fornece serviços à embaixada americana em Moscou.

“A única função do senhor Shonov no momento da sua prisão era compilar resumos de itens de imprensa de fontes da mídia russa disponíveis publicamente. O fato de ele ser alvo da lei de ‘cooperação confidencial’ destaca o uso flagrante da Federação Russa de leis cada vez mais repressivas contra seus próprios cidadãos”, argumentou o Departamento de Estado.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]