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Costado do barco Arctic Sunrise, do Greenpeace, usado pelo grupo com 28 ativistas e 2 jornalistas para abordar a plataforma de óleo da Gazprom, no fim do mês passado, em mar russo | Reuters
Costado do barco Arctic Sunrise, do Greenpeace, usado pelo grupo com 28 ativistas e 2 jornalistas para abordar a plataforma de óleo da Gazprom, no fim do mês passado, em mar russo| Foto: Reuters

Comissão

Congressistas do Brasil vão viajar para pedir a libertação de Ana Paula

O Senado vai enviar uma comissão de congressistas à Rússia para pedir ao governo do país a libertação da ativista brasileira Ana Paula Maciel. Ainda não foi definido quantos senadores viajarão. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu criar a comissão depois de receber ontem o diretor de Políticas Públicas do Greenpeace no Brasil, Sérgio Leitão.

Folhapress

  • Presos na Rússia: a brasileira Ana Paula Maciel, o polonês Tomasz Dziemianczuk, o britânico Iain Rogers, a finlandesa Sini Saarela, o russo Dimitri Litvinov e Marco Paolo Weber, da Suíça

A Rússia arquivou ontem as acusações de pirataria que pesavam sobre um grupo de 30 ativistas envolvidos em um protesto do Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico, substituindo-as por infrações menores e reduzindo a pena máxima para sete anos – ela antes poderia chegar a 15.

Em nota, o Comitê Inves­­tigativo Federal disse que a acusação de pirataria marítima foi substituída pela de vandalismo. O Greenpeace disse que isso ainda é "extre­­ma­­mente desproporcional" e prometeu contestar as acusações.

Todos os 30 envolvidos estavam a bordo do navio Arctic Sunrise e foram detidos ao tentar escalar a plataforma Prirazlomnaya. Eles ficarão pelo menos até o fim de novembro em um uma penitenciária da região de Murmansk, no norte da Rússia.

Um porta-voz do Gre­­­­en­­peace russo, Vladimir Chu­­prov, declarou em nota que a acusação de vandalismo "representa nada menos do que um ataque ao próprio princípio do protesto pacífico".

"Vamos contestar a acusação forjada de vandalismo tão veementemente quanto contestamos as acusações de pirataria. São ambas acusações fantasiosas que não têm relação com a realidade", disse Chuprov.

O presidente russo, Vla­­dimir Putin, havia dito que os ativistas claramente não eram piratas, mas que violaram o direito internacional.

O Comitê Investigativo rejeitou a alegação do Green­­peace de que o protesto era pacífico, pois "quem ocupa ilegal e premeditadamente uma plataforma estacionária está cometendo um crime, não importa qual seja a sua motivação".

O comitê disse que a investigação prossegue e novas acusações graves podem ser imputadas a alguns ativistas, incluindo o uso da força contra representantes do Estado.

Os tribunais da cidade de Murmansk se negaram a estipular uma fiança para os envolvidos: 28 ativistas e dois jornalistas que documentavam os protestos, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel.

O Greenpeace defende que as acusações têm o objetivo de desestimular protestos ambientais contra a exploração de petróleo no Ártico.

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