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A Justiça da Rússia condenou, nesta segunda-feira (7), a seis anos e dez meses de prisão o cidadão americano Stephen Hubbard, de 72 anos, capturado na Ucrânia enquanto lutava contra o Exército russo.
A pedido do Ministério Público, o Tribunal Urbano de Moscou considerou a idade do réu e também o fato de este ter admitido sua culpa como fatores atenuantes, uma vez que Hubbard poderia ter sido condenado a até 15 anos, de acordo com o artigo 359 do Código Penal.
Além disso, o americano poderá cumprir pena em um presídio para presos comuns e não em um de segurança máxima, como foi o pedido do Ministério Público.
No final da audiência, que decorreu parcialmente à porta fechada, a Embaixada dos Estados Unidos manifestou sua confiança em ter em breve acesso consular ao seu cidadão.
Hubbard, identificado como um aposentado de Michigan, permanecerá em prisão preventiva até que a decisão entre em vigor.
O Ministério Público sustenta que, em fevereiro de 2022, ele assinou um contrato com o batalhão de defesa territorial da cidade ucraniana de Izium, na região nordeste de Kharkiv, em troca de menos de US$ 1 mil por mês.
Ele acrescentou que Hubbard passou por treinamento militar, recebeu equipamentos e armas e “participou do conflito armado” até abril de 2022, quando foi capturado pelo Exército russo.
O americano vivia na Ucrânia desde 2014, segundo a agência de notícias russa RIA Novosti.
No passado, Moscou utilizou prisioneiros americanos como moeda de troca para garantir o regresso de russos detidos em prisões americanas, como foi o caso do conhecido “Mercador da Morte”, Viktor But.
A troca mais recente ocorreu em 1º de agosto e se tornou a maior, envolvendo espiões, entre Rússia e Ocidente desde 1985, trocando 24 pessoas.
Outro cidadão americano, o ex-fuzileiro naval Rober Gilman, foi condenado por um tribunal da cidade de Voronezh a sete anos e um mês de prisão por agredir a polícia.
Conteúdo editado por: Isabella de Paula