Roman Ivanov durante o julgamento que o condenou a 7 anos de prisão| Foto: Reprodução/X/@RSF_inter
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Roman Ivanov, um jornalista do portal regional russo RusNews e criador de um canal de notícias no aplicativo de mensagens Telegram, foi condenado nesta quarta-feira (6) a sete anos de prisão pela Justiça da Rússia por ter espalhado “informações falsas” sobre as ações do Exército russo na Ucrânia.

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“O Tribunal Urbano de Korolyov da Região de Moscou condenou hoje o jornalista Roman Ivanov do ‘RusNews’ a sete anos de prisão no caso de ‘notícias falsas’ sobre o Exército”, escreveu o portal regional em um comunicado.

Ivanov, que estava em prisão preventiva desde abril de 2023, não reconheceu sua culpa.

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"Sou jornalista e meu trabalho é dar informações aos leitores. Algo que eu fiz. Se isso desacredita [os militares] ou não, isso é decidido pela pessoa que consome a informação e a analisa", afirmou o jornalista de 50 anos, que pediu desculpas "a todos os ucranianos pelos infortúnios" causados pela Rússia.disse Ivanov, de 50 anos,

O Ministério Público russo tinha pedido oito anos de prisão para Ivanov por conta de três mensagens postadas entre abril de 2022 e março de 2023 no canal do Telegram do jornalista, nas quais ele denunciava o massacre realizado em Bucha, nos arredores de Kiev.

Segundo o RusNews, Ivanov é o segundo jornalista desse meio - depois de Maria Ponamorenko - a receber uma pena de prisão pelas suas reportagens sobre a invasão russa na Ucrânia.

Ponomarenko foi condenada a seis anos de prisão em março de 2023 por uma postagem no Instagram sobre o bombardeio de Mariupol. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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