A Rússia condenou nesta terça-feira (12) o terceiro teste nuclear da Coreia do Norte, país com o qual compartilha fronteira terrestre, e afirmou que o país merece uma adequada reação por parte da comunidade internacional.

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"Sem dúvidas, tal comportamento, que não corresponde com os critérios de convivência aceitos internacionalmente, merecem condenação e uma adequada reação da comunidade internacional", diz o comunicado da Chancelaria russa.

A Rússia ressalta que, "mais uma vez, ao ignorar as normas do direito internacional, (Pyongyang) mostrou desprezo pelas decisões do Conselho de Segurança da ONU".

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"Insistimos que a Coreia do Norte pare com as ações ilegais, cumpra estritamente com as prescrições do Conselho de Segurança e renuncie completamente a seu programa nuclear com mísseis", aponta.

Além disso, acrescenta que o regime comunista deve "retornar ao Tratado de Não-Proliferação (TNP) e ao regime universal de garantias da AIEA".

Moscou considera que só assim Pyongyang poderá romper o isolamento internacional de seu regime e poderá se juntar à cooperação internacional em diversos âmbitos, incluído o nuclear.

"Estamos convencidos que esta via responde aos interesses, em primeiro lugar, da própria Coreia do Norte", indica a nota oficial.

Ao mesmo tempo, a Chancelaria russa confia que "o passo dado por Pyongyang não seja aproveitado como desculpa para ampliar a atividade militar em torno da península coreana".

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Moscou acredita que chegou o momento de criar "um sistema de manutenção da paz eficaz" na região do nordeste asiático.

"A Rússia chama todas as partes interessadas à moderação e propõe junto a outros participantes do processo de seis lados continuar com os esforços para a normalização da situação na península por meios políticos-diplomatas", destacou.

A comunidade internacional condenou, de forma unânime, o terceiro teste nuclear realizado por Pyongyang e o primeiro desde a chegada ao poder de Kim Jong-un após a morte em dezembro de 2011 de seu pai Kim Jong-il.

Recentemente, o embaixador russo em Pyongyang, Aleksandr Timonin, afirmou que Kim não propõe reformar o sistema político comunista vigente no país desde 1948, mas só pretende introduzir mudanças na gestão econômica.

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