O líder opositor Alexei Navalny, durante depoimento por vídeo em audiência na qual a Justiça rejeitou seu recurso contra uma sentença de 19 anos de prisão| Foto: EFE/EPA/MAXIM SHIPENKOV
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Os serviços penitenciários da Rússia (FSIN, na sigla em russo) admitiram nesta sexta-feira (15) que o líder da oposição, Alexei Navalny, foi transferido da prisão onde cumpria pena, mas não especificaram seu novo destino.

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“Navalny foi transferido da instituição penitenciária localizada no território da região de Vladimir”, afirma o relatório do FSIN, segundo o portal independente Sota.

Este relatório foi lido durante a audiência da denúncia apresentada por Navalny contra a administração da prisão número 6 de Vladimir, onde se encontrava desde junho de 2022.

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O FSIN explica que o opositor deixou a prisão “em virtude da decisão proferida pelo Tribunal Urbano de Moscou em 4 de agosto”, que incluía uma pena de 19 anos por "extremismo".

“Sobre a chegada de Navalny [ao seu novo destino] será informada no âmbito da legislação em vigor”, acrescenta.

Os advogados do opositor, que não têm contato com o seu cliente desde o último dia 5, garantem que ele deixou a prisão na segunda-feira (11).

Os colaboradores do político, que cumpre pena de quase 30 anos de prisão, deram o alarme na segunda-feira, após lançarem a campanha global “Onde está Navalny?”

Segundo alguns membros da equipe de Navalny, o opositor teria sido transferido para uma nova prisão após anunciar uma campanha contra a reeleição do presidente Vladimir Putin.

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O processo de transferência pode levar semanas, período durante o qual o preso geralmente é mantido incomunicável.

Tanto a União Europeia como a Anistia Internacional expressaram preocupação com o destino de Navalny, cujo paradeiro nem jornalistas nem cidadãos perguntaram a Putin no dia anterior, durante a sua primeira grande entrevista coletiva desde o início da guerra na Ucrânia.

Em 7 de dezembro, Navalny pediu da prisão para votar contra o chefe do Kremlin nas eleições de 17 de março de 2024.

Navalny também anunciou o lançamento de um site [neputin.org] que pedia aos russos que apoiassem qualquer candidato à presidência, exceto o atual chefe do Kremlin. Um dia após o seu lançamento, o site foi bloqueado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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