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Tensão diplomática

Rússia convoca embaixada dos EUA após uso de armas americanas na Crimeia

Ditador Vladimir Putin, chefe do Kremlin: Rússia responsabilizou os EUA pelo uso de armas americanas em ataque ucraniano na região anexada da Crimeia (Foto: REUTERS/Maxim Shemetov)

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A Rússia protestou nesta segunda-feira (24) diante da embaixadora dos EUA, Lynn Trace, contra o uso de mísseis ATACMS com bombas de fragmentação no ataque ucraniano ao porto de Sevastopol, na Crimeia, neste domingo (23), que matou quatro civis.

"Os EUA têm a mesma responsabilidade que o regime [governo] de Kiev por esse ato maligno", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.

De acordo com a diplomacia russa, os EUA "estão conduzindo uma guerra híbrida contra a Rússia e se tornaram parte do conflito ao fornecer ao Exército ucraniano o armamento mais moderno, incluindo mísseis ATACMS com bombas de fragmentação usadas contra a população de Sevastopol".

Além disso, alegou que "a escolha dos alvos e a criação das missões de voo (dos mísseis) são realizadas por especialistas militares dos EUA".

O Ministério das Relações Exteriores russo declarou à embaixadora que "essas ações de Washington, que têm como objetivo incentivar as autoridades pró-nazistas da Ucrânia a continuar as ações militares até o último ucraniano, permitindo ataques ao território russo, não ficarão impunes".

"Nós responderemos sem falta", alertou a diplomacia russa.

Neste domingo, as forças ucranianas lançaram cinco mísseis ATACMS contra Sevastopol, a base da frota russa do mar Negro, quatro dos quais foram abatidos pelas defesas antiaéreas russas, mas um quinto saiu do curso, de acordo com a Defesa, e explodiu sobre o litoral da península, matando quatro civis e ferindo mais de 150.

O Ministério da Defesa da Rússia culpou imediatamente Washington pelo ataque, por ter fornecido a Kiev os mísseis ATACMS lançados pelo Exército ucraniano e autorizado seu uso contra o território russo.

"A responsabilidade por esse ataque deliberado com mísseis contra a população civil de Sebastopol recai, em primeiro lugar, sobre Washington, que forneceu essas armas à Ucrânia, e também sobre o regime [governo] de Kiev, de cujo território esse ataque foi lançado", declarou a pasta no Telegram.

A gestão do presidente dos EUA, Joe Biden, deu permissão à Ucrânia no final de maio para atacar alvos em território russo usando armas fornecidas pelos EUA, mas somente se fossem alvos militares na área da fronteira russa perto da área da região nordeste de Kharkiv.

No entanto, uma autoridade dos EUA confirmou à Agência EFE que essa autorização não se estende a mísseis de longo alcance, como o Sistema de Mísseis Táticos do Exército, conhecido como ATACMS, usado no domingo em Sevastopol, de acordo com autoridades russas.

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