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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou nesta terça-feira (19) o embaixador da Finlândia em Moscou, Antti Helanterä, para protestar contra “decisões agressivas” de Helsinque e seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em referência a um acordo firmado entre o país nórdico e os Estados Unidos.
“No dia 19 de dezembro, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o embaixador finlandês em Moscou, que foi informado de que o lado russo não deixará sem resposta o aumento do potencial militar da Otan na nossa fronteira, que ameaça a segurança da Rússia”, afirma o comunicado oficial.
A pasta de Exteriores russa advertiu Helanterä que "tomará as medidas necessárias para responder às decisões agressivas da Finlândia e dos seus aliados da Otan".
“A responsabilidade de transformar a zona de boa vizinhança desta região em uma zona de possível confronto cabe inteiramente às atuais autoridades finlandesas”, conclui a nota.
Os Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira (18) um acordo de cooperação militar com a Finlândia, oito meses depois do país nórdico ter entrado oficialmente na Otan como resultado da guerra na Ucrânia.
O acordo permitirá que as tropas americanas utilizem 15 bases militares no país nórdico, conforme relatado anteriormente pelo governo finlandês.
O presidente russo, Vladimir Putin, alertou a Finlândia no final de semana passado que, embora antes não houvesse problemas nas relações entre os dois países, “agora haverá” por conta da adesão à Otan.
"Não havia problemas. Agora, haverá. Vamos criar o distrito militar de Leningrado (noroeste) e concentrar ali algumas unidades militares. Por que eles precisavam disso? É simplesmente um absurdo", disse o chefe do Kremlin.
Putin também advertiu anteriormente que o envio de tropas dos EUA para o território finlandês constituirá uma ameaça evidente para a Rússia. (Com Agência EFE)
