A Rússia cortou o fornecimento de gás à vizinha Ucrânia nesta quinta-feira após uma disputa contratual, mas aumentou o envio a outros países europeus para tentar assegurar seus clientes preocupados com uma possível interrupção.
A União Européia (UE), que recebe um quinto do gás por meio de gasodutos que atravessam a Ucrânia, pediu novas negociações para resolver a disputa e disse que todos os contratos de fornecimento devem ser honrados. Os Estados Unidos também apelaram para uma resolução rápida.
Companhias de energia da Alemanha, França, Romênia e Áustria disseram não ter registrado redução no fornecimento russo. Eles afirmaram que a Europa tem estoque de gás suficiente, em caso de corte do gás russo, para alguns dias, mas não semanas.
O presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, disse em um comunicado que gostaria de retomar as negociações com Moscou para resolver as disputas sobre pagamentos atrasados e preços do gás para 2009. Ele disse esperar que um acordo possa ser feito até 7 de janeiro.
Sinalizando uma possível saída para o impasse, a empresa estatal de energia ucraniana Naftogaz aumentou o valor que disse estar preparada para pagar à Rússia para 235 dólares por 1.000 metros cúbicos - 15 dólares menos do que os russos exigem.
A UE quer evitar a repetição da disputa de janeiro de 2006, quando Moscou cortou o fornecimento da Ucrânia, causando uma queda breve na entrega a outras partes da Europa no meio do inverno.
O monopólio russo em exportação de gás Gazprom interrompeu a entrega à Ucrânia na quinta-feira pela manhã após o fracasso em um acordo sobre os termos de fornecimento para 2009.
O corte, no entanto, poderá ter um efeito dominó, devido à queda da pressão no trânsito dos gasodutos ou se a Ucrânia desviar o fluxo destinado à Europa.
O executivo da Naftogaz Oleh Dubyna disse que a empresa estava desviando 21 milhões de metros cúbicos por dia do gás russo destinado à Europa. Ele afirmou que a quantidade de gás era necessária para manter pressão suficiente no sistema de gasodutos para manter o trânsito de gás em movimento.
A Gazprom disse ter aumentado os volumes para consumidores europeus para 326 milhões de metros cúbicos por dia, se comparado com o nível normal de 300 metros cúbicos, um aumento que pode ter a finalidade de compensar o desvio de gás pela Ucrânia.
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