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A Rússia deixará de fornecer petróleo à Europa ainda este ano, depois de a União Europeia (UE) ter decidido limitar o teto do preço do barril russo, segundo afirmou neste sábado (3) o embaixador da Rússia junto a organismos internacionais em Viena, Mikhail Ulyanov.
“A partir deste ano, a Europa viverá sem petróleo russo. Moscou já deixou claro que NÃO fornecerá petróleo a países que apoiam a limitação de preços contra o mercado”, escreveu Ulyanov em sua conta no Twitter e em outras redes sociais.
“Muito em breve a UE culpará a Rússia por usar o petróleo como arma”, previu o representante do Kremlin em sua breve declaração.
Os países da UE concordaram na sexta-feira (3) em estabelecer um teto para o preço do petróleo russo de US$ 60 por barril, como parte das sanções impostas a Moscou por sua agressão contra a Ucrânia.
A medida, à qual aderiram as potências do G7 e a Austrália, não afetaria diretamente o território comunitário porque coincide com a entrada em vigor, na segunda-feira (5), de um embargo ao petróleo bruto importado da Rússia, exceto o comprado pela Hungria por oleoduto.
No entanto, proíbe as companhias marítimas europeias de transportar petróleo russo para países terceiros se este for vendido a um preço superior ao fixado, e o mesmo se aplica às companhias de seguros contratadas para o transporte de petróleo bruto russo.
O acordo político da UE garante que, se o preço de mercado cair abaixo de US$ 60 o barril, o limite será atualizado para ficar pelo menos 5% abaixo do que tenha no mercado.
Moscou já havia avisado que deixaria de vender seu petróleo para os países que aplicam um teto ao preço do barril, considerando que essa intervenção viola as regras do livre mercado.